Na manhã de quarta-feira, dia 20, a entidade maior do futebol mundial, a FIFA, respondeu os questionamentos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre os episódios ocorridos na partida em que o selecionado nacional empatou com a Suiça, pelo placar de 1 x 1, no confronto que marcou a estreia das duas seleções na Copa da Rússia.
Na carta enviada à FIFA, os dirigentes brasileiros solicitaram explicações quanto ao fato do recurso eletrônico (o chamado VAR, ou árbitro de vídeo) não ter sido acionado para dirimir dois lances polêmicos e capitais ocorridos durante o jogo e que interferiram diretamente no resultado da partida. “Respeitosamente, a CBF solicita receber as gravações de vídeo e áudio do VAR, tudo para verificar o que realmente aconteceu”, diz o trecho da carta assinada pelo chefe de delegação da seleção na Rússia, Rogério Caboclo (UOL, 20/06).
Em resposta à CBF, a entidade mundial explicou que o “uso do VAR e a interferência só ocorre em erros considerados claros pelos árbitros de vídeo durante a Copa do Mundo da Rússia”. (UOL, 20/06). Quanto ao pedido de acesso aos áudios e vídeos do jogo de domingo, a FIFA negou a solicitação, sem dar maiores explicações.
Ora, ao responder que a “interferência só ocorre em erros considerados claros”, então a que se considerar a revisão dos lances, pois foram flagrantes e muito claras as irregularidades ocorridas nas duas situações. Soma-se a isto o fato de que a comissão técnica brasileira teria sido avisada, à beira do gramado, que as jogadas estavam sob verificação.
O fato é que por mais moderna e sofisticada que possa ser, nenhuma tecnologia irá deter ou estará acima dos enormes interesses que permeiam o mundo dos esportes, em particular do futebol, transformado em lucrativo negócio pelos capitalistas e que movimenta somas vultuosas ao redor de todo o planeta.
A luta pelo resgate do verdadeiro espírito do futebol, portanto, passa por arrancar, das mãos da burguesia, a exploração, o controle e a manipulação do esporte mais popular do mundo, devolvendo-o aos trabalhadores e às massas populares.