Da redação – Nesta segunda-feira (05/11), Jair Bolsonaro se reuniu com o embaixador italiano no Brasil, Antonio Bernardini, para discutir sobre a situação do militante comunista italiano, Cesare Battisti, que está exilado no Brasil desde 2004, na época do Governo Lula.
Na Itália, Battisti foi condenado à prisão perpétua por conta de ocorridos na época em que fazia parte de uma guerrilha armada para lutar contra o imperialismo italiano. Battisti era integrante da organização Proletários Armados pelo Comunismo, e sua extradição foi barrada pelo ex-presidente Lula na época.
O Governo italiano está pressionando pela extradição do comunista. O caso no Brasil está sendo discutido pelo Supremo Tribunal Federal, alinhado com o imperialismo e comandado por militares anti-comunistas, e a procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu prioridade para o caso de Battisti.
O embaixador italiano revelou que “Bolsonaro tem a mesma opinião que nós sobre Battisti”. Ainda mais, mandou uma carta para o presidente italiano, Sergio Mattarella, dizendo ter tido uma “conversa simpática” com Bolsonaro, cujo o “nome é de origem italiana”. E revelou que a perspectiva para o futuro é de “aumentar a presença italiana no Brasil”.
Bolsonaro já afirmou que pretende “extraditar o terrorista”. Ainda mais, Bolsonaro já revelou sua ligação com a extrema-direita italiana, quando apareceu 2 dias antes das eleições ao lado do deputado Roberto Lorenzato, do partido fascista, A Liga do Norte.
O vice-primeiro-ministro, Matteo Savini, também da Liga, responsável pela política de perseguição aos imigrantes no país, desejou felicitações a Bolsonaro após a divulgação do resultado do segundo turno, e ainda falou, reclamando das relações mantidas com o governo Lula, que finalmente seria mais fácil conseguir a extradição do ” terrorista vermelho Battisti”.
O futuro de Battisti, na mão de Bolsonaro, pode ser extremamente prejudicial. Ele que já está condenado a pena de morte no país, que está sendo controlado pela extrema-direita fascista. Parece a situação de Olga Benário, alemã, judia e comunista que foi enviada para a Alemanha Nazista, pela ditadura de Getúlio Vargas no Estado Novo, para morrer no campo de concentração.
Sobre a extrema-direita na Itália: