O Candomblé, religião de origem Nigeriana e trazida ao Brasil por africanos escravizados, é um símbolo da cultura do povo negro no país. Em 2 de fevereiro de cada ano, ocorre, na Bahia, a Festa de Iemanjá. Está é considerada pelos adeptos como uma figura que representa uma divindade. Todavia o evento, tradicional em Salvador, foi boicotado pelo governo.
O evento, que reúne milhares de religiosos, simpatizantes e turistas, é conhecido, e sempre foi divulgado como Festa de Iemanjá. Todavia o governo proibiu que o nome da divindade religiosa fosse exposto em placas e convites, passando a se chamar apenas “Festa 2 de fevereiro”.
Houve total descontentamento por parte dos religiosos e simpatizantes. Após lançarem ação no Ministério Público, foi decidido, apenas um dia antes do evento, que as placas da cidade fossem corrigidas, voltando o evento a se chamar “Festa de Iemanjá”.
Pode-se perceber que, concomitante ao aprofundamento do golpe, crescem os ataques contra a classe trabalhadora, em especial os negros. É fundamental, assim, que os trabalhadores se organizem na luta contra os golpistas é contra o governo fascista de Jair Bolsonaro, que já deixou claro, em mais de uma oportunidade, ser intolerante as manifestações religiosas características da cultura negra, tais quais o Candomblé.