Nesta última sexta-feira (02), o acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Valdair Roque, situado no município de Quinta do Sol (PR), que abriga cerca de 50 famílias e que ajudou pessoas necessitadas, devido à crise epidemiológica, com mais de 1.500 quilos de alimentos agrícolas, foi invadida por um fazendeiro acompanhado de capangas encapuzados e dois tratores que destruíram criminosamente suas lavouras. O golpe e a eleição de Bolsonaro abriram as portas para ataques fascistas dos ruralistas contra os trabalhadores do campo.
A comunidade Valdair Roque recorreu a pedido de socorro, através da página do MST no Facebook, contra a ação terrorista que se iniciou na manhã desta sexta-feira, o fazendeiro, acompanhado de 14 capangas encapuzados e fortemente armados, comandou a devastação de toda produção já em fase de colheita. A operação de extrema violência tem objetivo claro de, através do pânico, expulsar as famílias das terras ocupadas.
O acampamento foi assentado na Fazenda Santa Catarina que é de propriedade da Usina Sabará Álcool, a qual acumula 964 ações trabalhistas somente na Comarca da Região de Campo Mourão-PR. É importante ter claro que estes criminosos latifundiários, verdadeiros assassinos de trabalhadores rurais e dos povos indígenas, ligados à organização fascista União Democrática Ruralista-UDR, estão representados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – que deveria defender os interesses dos trabalhadores do campo, as terras ocupadas por eles e a reforma agrária – pelo fascista sanguinário Nabhan Garcia, nomeado por Jair Bolsonaro.
O golpe de estado de 2016 e fraude que permitiu Jair Bolsonaro ascender à presidência avalizou as ações fascistas e o ataque contra os trabalhadores sem-terra. O presidente ilegítimo nunca escondeu seu objetivo de despejar as famílias dos assentamentos, em sua campanha eleitoral proferiu diversos ataques ao MST e já em seu primeiro dia de governo começou a cumprir suas promessas ao transferir as atividades de demarcação das terras aos assassinos da UDR.
É urgente a reorganização da luta dos trabalhadores do campo pelo direito a terra, uma aliança com os trabalhadores da cidade, armar os trabalhadores e organizar sua autodefesa, bem como, um programa revolucionário para expropriação dos latifundiários e redistribuição das terras. A tarefa inicial é derrotar o governo fascista de Jair Bolsonaro e o golpe de estado, por novas eleições e uma nova constituinte.
Fora Bolsonaro e todos os Golpistas! Eleições Gerais já! Por nova constituinte e uma verdadeira reforma agrária!