Em um período de quatro décadas, os conflitos territoriais no entorno da Fazenda Estrondo, localizada no Oeste da Bahia, acontecem diariamente, entre ameaças, mortes, conluios judiciais e perseguições diversas. É o maior, mais carniceiro e prolongado conflito de terras do Cerrado, colocando sistematicamente as comunidades geraizeiras de Formosa do Rio Preto sobre a mira das espingardas dos bandos de mercenários do campo.
O latifúndio dessa região é o responsável pela maior produção de soja, milho e algodão do país, para encher as contas bancárias das empresas Bunge e Cargill. Às custas de desapropriação de terra ilegal de 444 mil hectares de terras nas proximidades da nascente do Rio Preto, desmatamento ilegal e trabalho análogo a escravidão da população local (como relatou o Ibama).
A comunidade de Formosa do Rio Preto, ameaçada pelo poder reacionário do latifúndio, o engodo nacional, é formada por quilombos e indígenas que habitam a região (os mais recentes) há duzentos anos pelo menos. Sobrevivem da produção de frutos, hortaliças e pequenas produções de gado.
É necessário que essa população local se organize através de comitês de autodefesa para pôr fim a catástrofe humana e econômica que significa esse grande latifúndio. Botando fim ao monopólio da terra, para conseguir o principio de um verdadeiro desenvolvimento econômico no país. Sem luta, o inimigo sempre irá parecer maior do que de fato ele é. Reforma agrária já! Expropriação de todo latifúndio! Fora Bolsonaro!