Da redação – Algumas horas depois dos atos contra a ditadura que ocorreram por todo país, um morador de rua morreu queimado na estação de trem Prefeito Saladino da CPTM, na cidade de Santo André (SP), ao lado de uma das escolas do Sesi, em mais um assassinato digno dos métodos da extrema-direita. Segundo o Corpo de Bombeiros, quando as viaturas chegaram ao local o corpo do homem não identificado já estava carbonizado. Ele dormia ao lado de uma das escadas rolantes da estação.
O chamado ao Corpo de Bombeiros ocorreu por volta das 3h desta segunda-feira, pela única testemunha que era o segurança da estação, que realizou a chamada na madrugada. Segundo a Polícia Ciivil, o funcionário não viu a origem do incêndio.
Há quase 22 anos, na madrugada de 20 de abril de 1997, cinco jovens da alta classe de Brasília assassinaram Galdino Jesus dos Santos, líder indígena da etnia Pataxó, após colocarem fogo no indígena enquanto ele dormia. Galdino que estava em Brasília a espera de reunião com o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, morreu horas depois, em um hospital de Brasília, em consequência das queimaduras resultantes daquele crime bárbaro.
Os criminosos disseram à época que não tinham a intenção de matar o líder indígena. Segundo eles, atearam fogo pois “só queriam fazer uma brincadeira, achamos que era só um mendigo”.
Os assassinos eram filhos de juízes e políticos. Nos últimos anos, todos foram aprovados em concursos e quatro trabalham em órgãos da administração pública, inclusive na Polícia. Evidencia-se, assim, que a burguesia é toda fascista, os filhinhos de papai empregam métodos fascistas contra o povo.