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Essa é a cara do capitalismo

Fascista da Havan, um “liberal” que adora o Estado

Burguesia quer Estado Mínimo contra os trabalhadores, mas depende do Estado para seus negócios e como fonte de suas fortunas

Conhecido como “véio da Havan”, o empresário fascista Luciano Hang conseguiu manter o seu negócio de venda de quinquilharias graças ao financiamento público. De 1993 a 2014 ele conseguiu empréstimos que totalizam mais de R$ 72 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, “uma média de 1,6 empréstimo por ano desde a fundação da empresa”, com esse dinheiro montou 147 lojas em 18 estados. Na frente de quase todas as lojas há uma réplica da Estátua da Liberdade, monumento que marca a entrada do porto de Nova Iorque, EUA. Só não tem na filiar de Brasília, pois a legislação local não permite. (Metrópoles, 25/7/2020)

Durante a última campanha eleitoral para presidente da República, fazendo parte do grupo de empresários de extrema-direita que apoiavam Jair Bolsonaro, ele fazia questão de aparecer como um homem de negócios que se fez sozinho e que jamais se valeu do Estado, por isso defendia o Estado Mínimo e todas as ideias neoliberais de privatização total e criticava os governos Lula e Dilma por terem dados incentivos fiscais aos empresários.

Ao contrário do que divulgou, além dos empréstimos, ele se valia de todo tipo de pressão para conseguir isenções, incentivos e benefícios, como uso de terreno público, dos estados e municípios onde instalou suas lojas.

Apesar de ser um varejista, ele também tem inscrição no fisco como atacadista. Ele compra mercadorias como atacadista e as vende como varejista. O que acaba lhe dando uma vantagem sobre os concorrentes, em geral pequenos comércios, pois pode vender mercadorias a preços mais baixos até conseguir fechar a concorrência.

Na campanha eleitoral de 2018, fez chantagem com seus funcionários, forçando-os a votar em Bolsonaro, ameaçando fechar as lojas e demitir todo mundo caso Fernando Haddad (PT) ganhasse as eleições (O Globo, 2/10/2018).

Há vários processos contra ele por sonegação, evasão e outros crimes. Já foi condenado em alguns, mas consegue recorrer e arrastar a execução das penas, em geral multas. Em alguns casos conseguiu parcelar as dívidas, como um escandaloso Refis que escalonou a dívida em 115 anos! (Revista Fórum, 31/5/2019).

Com dinheiro público fácil, já comprou 3 jatinhos e 3 helicópteros. É assim que se comporta a burguesia. Defende o Estado mínimo para os trabalhadores, e o Estado todo para eles próprios. Não pagam impostos, sonegam tudo o que podem, pegam empréstimos com objetivo de gerar empregos e acabam comprando jatinhos e iates, negam salários e ameaçam trabalhadores, mas querem benefícios fiscais e ajuda até mesmo de pequenos municípios com doação de terrenos e uso de bens públicos.

Não é uma prática de uma personalidade corrupta e do banditismo de empresários como o “véio da havan”. É característica da burguesia, do capitalismo, desde seu início e que se manifesta ainda mais violenta e sanguinária na fase de declínio do sistema capitalista.

É a mesma característica presente no ministro da Economia, que força a privatização do Banco do Brasil e usa isso para o Banco BTG Pactual, que ele ajudou a criar, abocanhar a uma carteira de títulos do BB. E consegue passar uma Emenda Constitucional no Congresso autorizando o Banco Central a comprar títulos podres dos bancos privados e transfere para os banqueis 1,6 trilhões de reais durante a pandemia. E ainda continua defendendo que o Estado deve ficar longe dos negócios e da economia.

É a mesma característica de sanguessuga que está presente no PSDB, que conseguiu aprovar a privatização da água e quer retirar o direito ao acesso à água, para que Tasso Jereissati, com a Coca Cola, possa sugar os aquíferos brasileiros como fez em vários países latino-americanos.

É característica presente na Vale do Rio Doce, que destrói rios e comunidades e, com isso, aumenta suas fortunas e poder. Também presente nas empresas europeias que fazem propaganda de economias sustentáveis e destroem o meio ambiente no Brasil, como foi o caso da Hydro, empresa com capital estatal da Noruega que contaminou diversas comunidades de Carcarena, no Pará. No rio Muripi. A lista é interminável.

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