Da redação – O número dois da guerrilha armada das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Iván Márquez, veio a público nesta quinta-feira (29) e anunciou em vídeo uma nova etapa da luta armada que havia sido dissolvida pela pressão da burguesia nacional e imperialista.
O anúncio aconteceu após três anos da assinatura do acordo de paz que relou a morte de centenas de militantes revolucionários e a derrota esmagadora nas eleições.
Com a leitura de um manifesto chamado de “Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer”, o vídeo foi postado em um canal do YouTube e aberto para o conhecimento dos trabalhadores que lutam contra o imperialismo norte-americano – principalmente por conta do controle na região.
Márquez estava acompanhado pelos companheiros da guerrilha, todos com vestimenta militar e com armas diversas. Fez o pronunciamento acompanhado por outro ex-comandante das Farc, Jesus Santrich, que está foragido da justiça.
“Anunciamos ao mundo que a segunda Marquetalia [berço histórico da rebelião armada] começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os povos do mundo a se levantarem contra a opressão”, afirmou. “É a continuação da luta de guerrilha em resposta à traição do Estado ao acordo de paz [de 2016]”, denunciou também.
Fontes de segurança do imperialismo, afirmaram, preocupados com a situação, que a força comandada por Márquez poderia atingir reunir 2,2 mil combatentes.
A história que levou Márquez a reagrupar os companheiros nesta importante luta, vem do fato de que o mesmo perdeu o mandato como senador por não ter tomado posse, quando sumiu no mapa frente a prisão de seu sobrinho que foi levado para os Estados Unidos para “cooperar com investigadores do narcotráfico” – na verdade, para ser torturado pela CIA. Ele alegou que faltavam garantias do governo para que pudesse viver em sociedade com segurança.