Da redação – Familiares de presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, maior do Estado de Roraima, e localizada perto de Boas, denunciaram que falta atendimento médico, remédios, comida e até banho de sol para os detentos.
Ao mesmo tempo, o presídio se encontra superlotado. Com capacidade para 800 pessoas, cerca de 1,4 mil estão na penitenciária, divididos em 52 celas.
Quer dizer, enquanto deveria ter cerca de 15 a 16 pessoas em uma cela, o que já é uma coisa subumana, no atual momento, as celas contém cerca de 26 a 27 pessoas, ultrapassando a capacidade média das celas em mais de 10 pessoas.
Não bastasse a falta dos provimentos básicos para a sobrevivência (citados no início do texto) e as condições subumanas nas celas, os presos estão á 6 meses sem poder receber nenhum tipo de visita – impedidos pela intervenção militar no presídio.
A esposa de um detento afirmou: “Eles estão sem colchão, estão doentes. O que eles falam é que só apanham se revidarem, mas não é. Nós, familiares, enviamos advogados e eles nos informam que eles apanham por apanhar. Lá dentro não tem medicação, não tem assistência médica”.
A mãe de um outro detento denunciou: “Está ocorrendo surto de sífilis, pois existe um barbeador por cela, e cada uma possui uns 26 presos. Isso sem falar na tuberculose e lepra. As escovas de dente também estão sendo divididas. Eles estão dormindo no chão. O short que todos receberam, há seis meses atrás, já estão rasgados. Eles não possuem outra vestimenta”.
Outra mulher denunciou a falta de comida, alegando que os presos saiem de lá muito magros, e o espancamento dos presos: “Todos os presos que saem de lá dizem a mesma coisa, que são comuns as agressões durante a madrugada, de forma gratuita. Usam gás lacrimogêneo, bala de borracha, qualquer tipo de instrumento para ferir”
Essa é a política da direita para a população. Enquanto a maioria dos presos não foram julgados segundo a lei, a maioria dos que foram tem processos fraudulentos contra eles; isso em si já é um absurdo, porém o mais crítico de tudo isso é a qualidade de vida dos presos, que vivem em um verdadeira esgoto, sendo espancados cotidianamente, sem poder se alimentar, e contraindo doenças sem atendimento médico.
É por essa e outras razões que o PCO exige imediatamente a libertação de todos os presos.