A família do promotor golpista, Deltan Dallagnol, está envolvida em uma série de denúncias relacionadas à grilagem de terras, desmatamento ilegal e invasões de terras nas proximidades do município de Nova Bandeirantes, no Mato Grosso.
A família do promotor, no final da década de 1970, recebeu da ditadura militar, cerca de 400 mil hectares de terra na região. A concessão feita pelos militares seguia como parâmetro a proximidade que determinados grupos tinham com o governo ditatorial da época.
De lá para cá, os Dallagnol estão envolvidos em uma série de ações ilegais na região contra pequenos agricultores e camponeses. Um dos tios do promotor, Leonar Dallagnol, apelidado de Tenente, é acusado de grilagem de terras e invasão ilegal na região de Nova Bandeirantes.
Tenente e outro tio de Dallagnol, Xavier Dallagnol, são também acusados de desmatamento ilegal na região, que é próxima do estado do Amazonas. Xavier, por exemplo, foi multado em 2017 pelo desmatamento de uma área de 276.5 hectares.
Além do desmatamento, os parentes do promotor também foram denunciados pela prática de extração irregular de madeira no entorno de Nova Bandeirantes.
As denúncias e acusações demonstram que Dallagnol é um legitimo representante das classes dominantes do país, dos ruralistas e latifundiários. A atuação arbitrária e ditatorial do promotor serve para atender a estes interesses.