O Jiangsu Suning, atual campeão chinês encerrou suas atividades no última dia 28. A empresa multinacional que dava o sobrenome ao clube tinha anunciado no início de fevereiro de 2021 que estava colocando à venda a equipe, mas não encontrou um comprador.
A empresa que gerencia a agremiação chinesa e ainda possui 68,55% da Inter de Milão, tem uma grave crise financeira.
O clube contava com três brasileiros em seu elenco, o zagueiro Miranda (ex São Paulo), os atacantes Alex Teixeira (ex Vasco e Shakhtar Donetsk) e Éder (brasileiro naturalizado italiano, com passagens por Sampdoria, Inter e outras equipes do país, além da seleção do país na Eurocopa 2016).
O Jiangsu foi fundado em 1958. Voltou a figurar na elite do país em 2008, depois de 14 anos na segunda divisão. Vice-campeão do Chinês em 2012 conquistou a Supercopa do país em 2013 e a Copa da China em 2015. No ano seguinte, voltou a ficar em segundo lugar no campeonato e teve suas ações compradas pelo grupo Suning.
O outro clube chinês que recentemente anunciou falência, Tianjin Tianhai, também era gerenciado por uma empresa.
Os exemplos citados acima mostram o fracasso do clube empresa, a tendência é a de que vários clubes tenham o mesmo destino do clube chinês. O caso mostra bem o tipo puro do clube empresa, já que o futebol na China tem pouca tradição, o clube se transformou em empresa mesmo.
É preciso combater a iniciativa do clube empresa, pois os capitalistas só pensar nos lucros, e quando conseguem arrancam o dinheiro do clube e não veem mais como explorá-lo, vão embora.
No Brasil o Bragantino foi vendido para a Red Bull. Não bastasse toda a alteração da identidade visual e a imposição da empresa sobre seus símbolos, descaracterizando completamente o Bragantino, a tendência do clube, diante da crise, é enfrentar o risco de falir como o clube empresa chinês.
Isto mostra porque são os torcedores, não os capitalistas, que devem gerenciar os clubes. Pois eles são os maiores interessados, os únicos com um interesse genuíno, que trata o esporte como cultura, arte, não como mercadoria.