No ato do último dia 29 de maio na Avenida Paulista em São Paulo, o companheiro Antônio Carlos Silva representou o Partido da Causa Operária e reforçou a necessidade da esquerda, dos movimentos populares, da juventude e dos trabalhadores permanecerem nas ruas até que se concretize a queda do governo do fascista Bolsonaro e do golpe de conjunto. O dirigente também deixou claro que a CPI em andamento no Congresso Nacional não tem, nem de longe, a força para derrubar o governo e que somente o povo nas ruas pode ter êxito nessa tarefa essencial para a vitória política das classes populares. Por fim, o companheiro deixou claro que o ex-presidente Lula é peça chave no aumento da mobilização contra os golpistas.
Abaixo você confere a transcrição integral do discurso do companheiro Antônio Carlos:
Em nome do Partido da Causa Operária eu queria saudar os companheiros que estão nas ruas furando a bolha. Hoje em todo o país nós temos mais de 100 mil pessoas nas ruas e estamos deixando para trás a recomendação estúpida da direita que era para a gente ficar em casa, ficar em casa só na hora de protestar porque os metroviários estão na rua trabalhando, os companheiros dos Correios estão na rua trabalhando, os metalúrgicos, os companheiros da construção civil. Essa conversa fiada de ficar em casa que só valeu para a classe média, que só valeu, inclusive, para setores da esquerda que se acovardaram e aceitaram essa política.
Nós queremos dizer da importância desse ato de hoje. Nós estamos furando a bolha e nós queremos dizer o seguinte: nós não podemos mais sair das ruas. Nós não vamos esperar pelas eleições de 2022 coisa nenhuma. Nós queremos derrubar o Bolsonaro é agora, é já!
Nós do PCO, dos Coletivos de luta, e eu sei que a maioria de vocês aqui, não acreditamos a mínima nessa conversa de CPI. A CPI é conversa de tolo, é conversa fiada para enganar o povo. A única força capaz de derrubar o governo é a mobilização dos trabalhadores e da juventude nas ruas, por isso eu quero dizer: nós temos uma arma poderosa, – esquerda e os trabalhadores – por isso nós temos que lançar mão de todas as armas para conquistar vacina com a quebra da patente, auxílio emergencial de verdade, que tem que pelo menos de um salário mínimo, e conquistar a redução da jornada de trabalho. Essa arma é uma arma para a mobilização, não é só para eleição: é a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva!
Para terminar, o nosso chamado a todas as frentes, a toda a esquerda: não vamos nos acovardar, vamos ocupar as ruas de vez até a queda do Bolsonaro. Fora Bolsonaro!