Depois do golpe de 2016, as universidades vem demitindo os trabalhadores de forma sistemática, principalmente por causa da implementação da Educação à distância (EAD) e também com os cortes nas políticas de fomento para os alunos ingressarem na universidade.
Com a pandemia e a suspensão das aulas, muitos alunos estão pagando mensalidade, porém os tubarões do ensino pago estão dispensando milhares de professores em todo o Brasil.
Na semana passada foi a Universidade Nove de Julho, a UNINOVE, que dispensou 300 professores através de mensagem eletrônica! Na mesma semana promoveu uma palestra motivacional com dois figurões, o padre Fábio Melo e o ex-secretário Estadual de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita. Um grande cinismo, pois faz uma palestra motivacional, mas demite profissionais por e-mail.
Os alunos ficaram revoltados ao saberem da demissão de 300 professores. O e-mail dizia que os professores deveriam entregar seus crachás, seus cartões do convênio médico e odontológico, cartão de acesso do estacionamento, entre outros. Um descaso com os profissionais da educação, em um momento de instabilidade, crise financeira, aumento do desemprego e uma escalada da pandemia, que dedicaram anos ao magistério e agora ficam sem emprego.
No momento é preciso que os sindicatos reabram suas portas e convoquem uma assembleia para que a UNINOVE readmita os profissionais, pois deve ser assegurado aos professores o emprego até dezembro, pois os alunos continuam pagando e não são os professores que devem ficar com o ônus da crise.
Os grandes grupos educacionais como a UNINOVE lucram e lucraram muito, tem uma solidez, podem garantir os salários até dezembro.
É preciso organizar a reação, pois todas as leis que foram feitas após o golpe tem massacrado os trabalhadores e jogado uma parcela expressiva no desemprego, outra parte com redução salarial e outros com suspensão de salários.
Não se pode esperar até a pandemia passar, pois até lá milhares terão morrido por fome, miséria, desemprego e muitos pela doença, pois não há tratamento sério para o coronavírus. Por isso é preciso ultrapassar a paralisia e impedir que os patrões façam os trabalhadores pagarem pela crise capitalista.