A crise em torno dos posts de Bolsonaro no Twitter fez mais uma criatura obscura vir à luz. Trata-se do coronel Didio Pereira de Campos escalado pelo general Carlos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, para coordenar a comunicação do governo nas redes sociais. Foram apagar o incêndio provocado pelo “golden shower” do presidente ilegítimo.
A indicação do coronel foi contestada pelo próprio presidente e seu filho, Carlos Bolsonaro, nas redes sociais. Apressaram-se a declarar que se tratava de notícia falsa (“fake news”). Desmentiram a indicação publicada no Diário Oficial, e as informações apresentadas pela imprensa burguesa, segundo o qual o coronel Pereira de Campos estará à frente de uma nova divisão da comunicação presidencial, sob o controle do porta-voz oficial da presidência, o general Otávio Santana de Rêgo Barros.
Como o que vale é o que está no papel, e a nomeação foi chancelada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, coube ao Bolsonaro vereador, gerente da conta pessoal de seu pai no Twitter, frisar: o coronel vai cuidar da comunicação oficial do Planalto, e não da conta pessoal do presidente ilegítimo.
A cada nova crise, um novo militar do alto escalão é empurrado para a frente do palco. A cobertura civil do governo se desgasta e revela que o país a um fio de cabelo de uma ditadura militar. São os generais que dizem ao presidente: “faça o que eu digo”. Bolsonaro, é um marionete nas mãos dos militares. Afinal, general não bate continência para capitão.