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Ofensiva do latifúndio

Extrema direita se unifica para atacar MST na Bahia

Os latifundiários estão organizando diversos ataques contra a luta pela terra na Bahia, em particular contra o MST

Nesta quinta-feira (27/08), as famílias que vivem no Assentamento Jaci Rocha foram surpreendidas com uma ação fascista da Polícia Militar da Bahia e do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o bolsonarista Paulo de Emmanuel Macedo de Almeida Alves.

O Assentamento Jaci Rocha, que se localiza entre Itamaraju e Prado, situado as margens da BR-101, no Extremo Sul da Bahia, sendo um assentamento referencia da região e conta com duas grandes escolas, uma estadual e uma formada pelo próprio MST, a Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto, que serve de base para a formação de agricultores e filhos de agricultores, sendo visitada por assentados e acampados de todo Extremo Sul da Bahia.

Imagens 1, 2 e 3: PM invadindo o assentamento e as famílias se organizando para resistir.

 

A invasão ocorreu pela Polícia Militar que escoltou fortemente armada uma família ligada a políticos da extrema direita na região e com pistoleiros para causar confusão dentro do assentamento e justificar ações da PM e da PF posteriormente. A PM contou com grande aparato policial fortemente armado, com metralhadoras e bombas, onde os policiais chegaram ameaçar as famílias dizendo caso fizessem algo essas armas seriam utilizadas.

 

Pistoleiros colocados pela PM e INCRA incendiaram casas dentro do assentamento

Com a noite chegando, os pistoleiros inseridos pela PM e o INCRA em um lote que estava vazio dentro do assentamento começaram a organizar ações para justificar uma nova invasão da PM e perseguição contra militantes do MST.

Durante a noite, os pistoleiros incendiaram a casa em que estavam e outras, e fugiram do assentamento e foram a polícia rapidamente dizendo que haviam sido atacados pelo MST. A PM, juntamente com a Polícia Federal, foi rapidamente na manhã seguinte invadir novamente o assentamento para tirar satisfações e prender militantes da reforma agrária dentro do assentamento Jaci Rocha.

A ação da PM em inserir os pistoleiros, incêndios em casas e no dia seguinte nova repressão da Polícia Militar e da Polícia Federal, diretamente controlada pelos bolsonaristas evidenciou a cena montada para incriminar as famílias de trabalhadores sem-terra e a direção do MST.

Mobilização dos trabalhadores impediu maior violência e garantiu a expulsão da PM e da PF

Vendo esse absurdo e a farsa montada pelos bolsonaristas da PM e da PF, juntamente com o INCRA, as famílias se organizaram e impediram o acesso das forças de repressão fechando estradas e mostrando para os policiais bolsonaristas e o criminoso superintendente do INCRA que não iriam aceitar a violência e arbitrariedades cometidas pelas forças policiais e nem a ação criminosa contra o assentamento.

Este fato colocou os policiais em um grande impasse, pois as famílias não se intimidaram com todo o aparato policial colocado no local. As famílias realizaram um comitê para ficar alerta durante toda a madrugada e no dia seguinte, e ainda hoje, se encontram mobilizadas para enfrentar a direita e as ações dos pistoleiros.

Apesar das ameaças da PM e da PF, as famílias novamente se organizam para defender o assentamento.

 

Bolsonaristas da região se articularam para atacar os assentamentos e o MST

A direita está se articulando com o governo Bolsonaro, através do secretário de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura, Antonio Nabhan Garcia, latifundiários e organizador de grupos de pistolagem no Pontal do Paranapanema, Estado de São Paulo.

Na região essa articulação se dá através de uma família de políticos da extrema direita, comandada por Wilson Brito, seu articulador, o vereador do município de Prado, Jorginho do Guarani, e seu capacho Liva.

Liva e Jorginho do Guarani estão se aproveitando das promessas do governo Bolsonaro de privatização dos assentamentos, através do estrangulamento das famílias com cortes de programas de apoio à agricultura familiar, fim da assistência técnica entre outros ataques para que os agricultores não tenham a menor chance de possuírem renda para produzir e se manter na terra.

Os dois bolsonaristas criminosos estão entrando nos assentamentos, juntamente com empresas de georreferenciamento, prometendo realizar estudos para que os assentados recebam o tão esperado título da terra. O título da terra é a transferência das terras do estado para as famílias que poderiam vender suas terras, tudo o que a direita quer.

Liva e Jorginho do Guarani e as empresas de georreferenciamento chegam a pedir R$2.500 por família, uma verdadeira fortuna que vai sair do bolso das famílias assentadas. Tudo isso com apoio de Antonio Nabhan Garcia, que em audiência pública realizada na região em março deste ano, prometeu que iria privatizar os assentamentos e que, apoiado a bolsonaristas da região, como o próprio Liva que estava na audiência, iria perseguir o MST e acabar com as ocupações de terra.

Neste momento esses criminosos (Liva e Jorginho) estão ameaçando as famílias do Assentamento Rosa do Prado, localizado no mesmo município, para que não haja ninguém que se oponha a privatização dos assentamentos e a extorsão das famílias de assentados com “estudos” de empresas de georrefenciamento ligadas a esses políticos.

Toda essa confusão causada pelo INCRA, Liva e a família Brito, apoiados pelos fascistas da Polícia Militar e da Polícia Federal tem como interesse em acabar com os assentamentos, as ocupações de terra da região, e para isso, acabar com os movimentos que organizam os trabalhadores rurais sem-terra, como o MST.

A importância de uma imprensa dos trabalhadores e do enfrentamento

Em primeiro lugar foi o acerto da mobilização e do enfrentamento com a direita realizada de forma exemplar dentro do Assentamento Jaci Rocha. A mobilização mostrou a força dos trabalhadores e colocou, até mesmo as forças de repressão, na defensiva.

Essa decisão de enfrentamento tem que servir de exemplo para outros locais de conflito e para toda a esquerda que se encontra paralisada diante dos ataques de Jair Bolsonaro. É necessária a formação de comitês de autodefesa em todos os assentamentos, acampamentos, locais de trabalho, aldeias, bairros etc para formar um grande movimento para enfrentar a violência policial e da direita.

Outro ponto importante é uma imprensa dos trabalhadores. A divulgação e denuncia das arbitrariedades, da violência e das ações da direita servem para mobilizar ainda mais trabalhadores para a luta, e divulgar para a população brasileira o que a direita, sob comando de Jair Bolsonaro está realizando no campo e nos bairros pobres. São mortes, violência, ataques, despejos e muitas coisas que a polícia e a pistolagem se aproveitam que ninguém divulga e denuncia.

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