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Ascensão da extrema direita

Extrema-direita organiza assédio contra as mulheres vítimas de estupro

Grupo pró-aborto enfrenta conservadores anti-aborto em frente ao Hospital Pérola Byington

O grupo católico pró-vida que se autodenomina “40 dias dias pela vida” é pequeno, mas causa grande constrangimento em mulheres que visam realizar aborto legal. O grupo montou uma barraca em frente ao Hospital Pérola Byington, em São Paulo, o principal centro de atendimento para mulheres e meninas vitimas de estupro, no Brasil. A estátua da santa Gianna Molla fica junto à barraca do grupo, a santa que teria sacrificado a própria vida ao não fazer um aborto.

Muitas das vitimas sofrem abuso de homens que participam de sua rede familiar e de afeto. Sentem vergonha, medo e sentem-se desamparadas. Os dados do estudo “Serviços de Aborto legal no Brasil: um estudo nacional”, mostram que 94% dos casos de atendimento para o aborto legal (que inclui anencefalia e risco de vida) trata-se de estupro. 15% dessas vítimas são meninas entre 11 e 14 anos.

A ação desse grupo segue o mesmo formato de grupos católicos e evangélicos antiaborto dos EUA. Após desistir do aborto devido à intervenção do grupo, as mulheres são levadas a espaços onde permanecem até o parto. Essas são as casas de “gravidez em crise” (“crisis pregnancy centers”). Não se sabe muito sobre o funcionamento desses espaços e quem os financia, mas trata-se da importação de um modelo de assédio a mulheres vitimas de estupro. A campanha “40 dias pela vida” foi criada por católicos conservadores do Texas e já foi reproduzida no Canadá e na Inglaterra.

Após reportagem publicada pelo Universa (UOL) sobre a vigília religiosa contra o aborto em frente ao hospital Pérola Byington, ativistas pró-aborto legal montaram uma tenda no sábado (26/10) de manhã, na mesma mesma praça onde se encontra o grupo anti-aborto.  A escritora e roteirista Daniela (@_dani_erra, no Twitter) levou cartazes para o local e convida mais pessoas para se unirem a ela em frente ao hospital. “Precisamos de gente para fazer turnos. É importante que fiquemos aqui até o dia 3”, afirma.

A vigília religiosa chamou a Polícia Militar para que retirassem o grupo pró-aborto da praça, mas os policiais apenas acompanham a manifestação dos dois grupos, por enquanto. Os ativistas religiosos estariam se negando a voltar para a vigília por estarem com medo e teriam afirmado que voltariam a montar tendas acompanhados por seguranças particulares.

Constranger mulheres que sofreram abuso sexual a agirem de acordo com as crenças de outras pessoas é um absurdo total. O que estamos vendo é um crescimento da ousadia da extrema direita e isso deve ser combatido diretamente. Não devemos ceder espaço para que essas pessoas se sintam à vontade para impor os seus valores sobre quem quer que seja. As pessoas que agem dessa forma, se não confrontadas, sentem-se à vontade para continuar agindo assim. A atitude da Daniela é importante e poderia ser até mais enérgica. Não devemos subestimar a ascensão do fascismo, devemos combate-lo. Essas pessoas devem ter medo mesmo de aparecer em frente do Hospital Pérola Byington e encontrar um grupo grande de mulheres dispostas a lutar pelos seus direitos.

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