A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou nesta quinta-feira (dia 08/02) uma lei do estado da Louisiana, no sul do país. A lei em questão trazia limitações para o acesso das mulheres ao aborto.
O caso teve votação acirrada: foram 5 votos contra 4. Esse resultado permitiu o bloqueio da legislação, que passaria a valer a partir desta sexta-feira (dia 9), caso fosse aprovada.
Ainda com relação à lei, os médicos das clínicas de aborto em Louisiana teriam que dar prioridade ao atendimento de pacientes que viessem de hospitais a menos de 50 quilômetros de distância. Os defensores do direito ao aborto alegam que a lei é restritiva, pois faria com que apenas um médico realizasse o procedimento para todo o estado.
O surgimento de elementos reacionários no Judiciário norte-americano após a chegada de Donald Trump ao poder tornou a vida das mulheres nos Estados Unidos mais difícil. Dificultou também a garantia de direitos fundamentais a esse setor da população.
É importante dizer que a direita é uma verdadeira inimiga das mulheres, não dando importância para as suas principais necessidades e exigências, embora elas costumem ser a maioria dentro de uma sociedade. Como bons seguidores da lógica capitalista, a mulher é tratada como um mero objeto de dominação e exploração pelo homem, sendo reduzida, muitas das vezes, àquela que deve cuidar do lar. Quando entra para o mercado de trabalho, é muito suscetível à “dupla jornada”, isto é, precisa cuidar da família e do seu emprego ao mesmo tempo. Com isso, elas enfrentam uma série de problemas, como o salário inferior ao dos homens, dificuldades para voltar a trabalhar após dar a luz, falta de creche para os filhos, assédio moral/sexual, etc.
A tentativa, por parte da direita no estado americano da Louisiana, demonstra o quanto que a direita persegue as mulheres para reprimi-las, quando não, até mesmo puni-las por lutarem a favor de um direito que é essencial a elas, e que deve ser irrestrito.
Por isso, é necessária uma política revolucionária para as mulheres. Política na qual elas tenham o direito irrestrito à prática do aborto: sem criminalização, sem clandestinidade. Uma política em que as mulheres estejam livres da servidão ao lar, possam ter suas carreiras e desenvolver o seu potencial em favor de uma sociedade sem classes.