Na última quarta-feria (12), o deputado Diego Garcia (Pode-PR) deu parecer favorável a um projeto de lei que supostamente alertaria as mulheres sobre os riscos físicos e psicológicos na realização do aborto. O autor do projeto é ex-deputado Flavinho (PSC-SP). O relatório também é favorável a um PL de Marco Feliciano que pretende criar o dia nacional de combate ao aborto.
Em suma, são vários homens brancos, conservadores e ricos achando que têm alguma autoridade para definir questões sobre a saúde da mulher. Apesar de ainda ter que passar por outros trâmites, a proposta de deputados bolsonaristas, tende, em última instância, a avançar na proibição total do aborto.
Como solução para o “problema”, o primeiro deputado citado propõe a entrega do filho para adoção, sendo que, de acordo com dados de 2017, o Brasil tem quase 50 mil crianças em abrigos, e praticamente 9 mil aguardando adoção. A “solução” então não passa de uma falácia que pretende enganar a população para tentar algum apoio à uma lei que pretende acabar com qualquer chance da realização de aborto por parte que qualquer mulher, em qualquer situação.
A suposta campanha de informação, na prática não passará de intimidação das mulheres por agentes do estado, para reprimir e negar às mulheres um direito parcialmente previsto por lei. Para que os avanços conservadores dos golpistas sejam barrados é preciso derrubar o governo Bolsonaro, símbolo da luta para retirar direitos das mulheres.