O candidato a vice presidente da República na chapa do fascista Jair Bolsonaro, o igualmente fascista general Mourão, deu mais uma declaração de cunho racista, expressando uma vez mais todo o seu desprezo pelo negro, pelo indígena e pelo povo brasileiros. Em uma palestra para empresários, o ditador de arrabalde, que já ameaçou a República de golpe militar em mais de uma ocasião, ao referir-se a aspectos da política externa petista, qualificou os países da América Latina a da África como “mulambada”.
Segundo o candidato a ditador: “Partimos também para aquela diplomacia que foi chamada de Sul-Sul, e aí nos ligamos com toda a mulambada, me perdoem o termo, existente do outro lado do oceano, do lado de cá, que não resultou em nada, só em dívidas que foram contraídas e estamos levando calote disso aí. Entregamos nossos recursos para esse pessoal”. A lista de declarações esdrúxulas, absurdas e racistas do general é extensa, essa é mais uma que expõem a concepção social da extrema-direita. Um tipo de concepção colonial que divide o mundo entre superiores, os países imperialistas e inferiores, os países atrasados, em particular os países africanos e os negros do mundo inteiro, os “mulambentos”; os povos coloniais e os senhores.
Para Mourão, o povo brasileiro é inferior, formado da confluência entre a indolência do indígena, da malandragem e superstição do negro e da corrupção do português. Uma readaptação um tanto rebaixada das teorias racistas do início do século passado, que na interpretação do Brasil teve Oliveira Vianna um dos principais defensores.
Pela própria característica física, Mourão não foge da “inferioridade” que ele tanto abomina, no entanto, procura purgar esse “defeito”, ao seus olhos, de ser descendente de indígenas, de negros, de ser brasileiros etc., sendo o instrumento do imperialismo, dos “superiores”, para dominar os “inferiores”. Mourão é candidato a ser administrador colonial no país, não sendo membro da “raça superior”, liga-se a ela servindo-a. Mourão é inimigo do povo brasileiros, dos países atrasados, dos negros do mundo inteiro, e serviçal do imperialismo, para servi-los não poupará o povo brasileiros por que o despreza, como despreza a si mesmo, é necessário derrotar a extrema-direita e todos os golpistas que preparam uma tirania contra o povo para atender os interesses de seus donos.