O supermercado Extra, por meio de nota, comunicou que rescindiu o contrato com a empresa que prestava serviços de segurança para a rede. Isso ocorreu após o trágico episódio do assassinato de Pedro Henrique Gonzaga, de 19 anos, dentro do supermercado, na Barra da Tijuca-RJ, estrangulado até a morte por um de seus seguranças, na frente de sua mãe e em cumplicidade com os demais seguranças. O assassino, Davi Ricardo Moreira Amâncio, aparecia, em seu perfil do Facebook, com um logo da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) e apontando uma arma com o filtro “Bolsonaro 17”.
Rescindir o contrato com a empresa é uma medida demagógica da rede de supermercado Extra. Na verdade, o Extra é o principal responsável pelo assassinato do jovem. Os capitalistas contratam as empresas de segurança, que treinam brutamontes fascistas para proteger a propriedade privada e, se for necessário, matar qualquer pessoa que considerarem ameaça às propriedade da empresa. Os seguranças fizeram o que são treinados e doutrinados para fazer: defender a propriedade privada e matar.
O assassinato do jovem no supermercado Extra é mais um caso do que acontece no Brasil, em geral, e no Estado do Rio de Janeiro, em particular: o assassinato sistemático dos jovens negros pelas forças de repressão da burguesia, seja as polícias militares, seja as empresas de segurança. Ambos são milícias fascistas a serviço do capital. Pedro Henrique Gonzaga foi considerado uma ameaça por ser jovem e por ser negro. Ao jovem lhe foi aplicada a pena de morte. Ele não teve uma segunda chance.