Ao longo do desenvolvimento do sistema capitalista, os métodos de opressão a mulher foram sendo aprimorados. Elas, que possuem dupla jornada de trabalho, são obrigadas a cuidar da casa e dos filhos, vivendo em condição de escravização social. Mas, mesmo entre mulheres da mesma cidade, a exploração varia, de acordo com a classe. Assim mostra o estudo que saiu, nesta última quarta, 28, os dados coletados pelo Mapa da Desigualdade e divulgado pela Rede Nossa São Paulo. O ponto central da análise foi a disparidade, não apenas entre gêneros, mas também a desigualdade entre as mulheres de diferentes classes sociais.
Em um comparativo, coletado pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificações (Sinan), em 2017 que mensura a quantidade de vítimas de agressão, física, psicológica, assédio e violência doméstica, dentro da capital paulista, as mulheres que vivem no distrito do Jardim Paulista, região nobre de São Paulo, por exemplo, registraram 0,55 casos, a cada 10 mil, enquanto as que vivem na Zona Sul, foram 100 para mesma proporção.
No que tange a oportunidades de emprego, também há discrepâncias. Enquanto nas regiões centrais da cidade a média é 59 postos de trabalho, para cada 10 habitantes e idade, as regiões da periferia 0,2 postos, para a mesma proporção.
Com o aprofundamento do golpe, a tendência é que aumentem, consideravelmente, as desigualdades, em especial as mulheres trabalhadoras, que vivem nas comunidades. Nesse sentido é fundamental que se organizem amplas mobilizações para derrotar os golpistas e conquistar os direitos que jamais lhes deveriam ser negados.