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Exoneração de Mário Vilalva mostra que o governo Bolsonaro é mesmo um “jardim de infância”, cheio de crianças fascistas

As únicas coisas em que o governo Bolsonaro parece ter altos níveis de sucesso é na (re)produção da violência e de escárnio.

 

Para além das idiotices performadas por seus ministros, pelas manifestações toscas no Tweeter, quando se trata de política externa, no entanto, o governo de extrema-direita do capitão Bolsonaro mostra-se um desastre completo, seja nas manifestações fora de lugar do presidente ou de seu chanceler, seja efetivamente no que tais manifestações implicam se executadas.

 

       Rubens Ricupero

O chanceler terraplanista, Ernesto Henrique Fraga Araújo, é a melhor representação do significado desastre. Não à-toa, Rubens Ricupero, em entrevista recente, fala em Política Externa da Destruição, afirmando que Bolsonaro, bem representado pelo chanceler, “(…) não tem ideias, não tem projetos. E ele vê o papel dele mais como um papel de destruir o que outros, na opinião dele, erroneamente fizeram. Então você vê, isso se aplica a tudo e em particularmente na política externa.”

                       Mário Vilalva

Podemos dizer que isso se estende aos filhos fascistas do presidente. São incapazes, ignorantes, mas nem por isso menos perniciosos e perigosos.

 

 

 

Um dos casos mais absurdos da semana foi a demissão do embaixador Mário Vilalva da presidência da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex), por causa de suas críticas aos indicados de Eduardo Bolsonaro que, segundo ele,  transformaram a agência em um “jardim de infância”.

 Ernesto Araújo e Letícia Catelani

Os indicados são Márcio Coimbra, diretor de Gestão Corporativa, e a empresária Leticia Catelani, diretora de Negócios,  pessoa “infantil e despreparada para o cargo”, segunda avaliação de Vilalva. Ambos têm travado e inviabilizando inúmeros projetos e ações, prejudicando a participação do país em eventos internacionais e até negócios.

A srª Catel é “protegida” do chanceler Ernesto Araújo que, atropeladamente, mudou o regimento da agência, sem consulta ao presidente da Agência, para tornar independentes as duas diretorias em que figuram os indicados de Eduardo Bolsonaro. Mas não foi só isso, o embaixador, menos de um mês depois, foi demitido, por telefone. Tudo leva a crer que, como tem ficado claro em outros casos,  as ações de boicote têm objetivo de beneficiar amigos e punir adversários.

É assim que funciona esse governo, ele todo um verdadeiro “jardim de infância”, com crianças mal criadas, mimadas, agressivas, dispostas a colocar fogo na escola, para alcançar seus objetivos.

Agem como crianças e adolescentes, exatamente como faz o presidente e seus filhos, usando as redes sociais para disseminar intrigas, fofocas, mentiras ou, simplesmente, emitir opiniões nada elogiosas sobre terceiros, mesmo que pertencentes à base aliada do governo. Um caso relatado pelo ex-presidente da Abex foi o da visita de uma delegação de deputados do PSL à China.

     Márcio Coimbra

 

Como o astrólogo Olavo de Carvalho acusou os parlamentares de serem comunistas, por causa da visita, por terem aceitado o convite do governo chinês para conhecer as novidades tecnológicas chinesas. Carvalho não apenas os acusou de comunistas infiltrados no PSL, como praticamente iniciou uma espécie de cruzada contra a delegação. Letícia Catel fez coro com Carvalho e dedicou-se a postar, no Twitter, textos e imagens ridicularizando os parlamentares.

 

 

Uma diretora de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento. É vergonhoso, mas o governo todo é uma vergonha e motivo de vergonha.

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