Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Violência no campo

Existem no Brasil 578.968 pessoas em áreas de conflito pela terra

Pastoral da Terra denuncia que o governo Bolsonaro é um dos principais responsáveis pelo aumento dos conflitos no campo.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou, no final do mês de abril último, o Caderno Conflitos no Campo Brasil 2019, onde apresenta levantamento sobre os conflitos por terra no país. Em 2010, quando da primeira edição dos cadernos, havia 351.935 pessoas envolvidas em situações de conflito por terra. Hoje, dez anos depois, ao invés dos litígios diminuírem, eles aumentaram em cerca de 60%, atingindo a cifra de 578.968 pessoas distribuídas em todo o território nacional lutando pelo direito, não só  à terra, mas também à água.

O documento da CPT denuncia que o governo golpista e fascista de Jair Bolsonaro está diretamente responsável pelo aumento na violência no campo contra os camponeses sem terra, mostrando que, além da falta de políticas públicas para a resolução dos conflitos e para seguir de acordo com o preceito constitucional da reforma agrária, o ano de 2019, que deu início ao projeto antipopular do presidente ilegítimo, foi um “ano de ascensão da violência e do ódio contra os pobres, os negros, as comunidades e o povo do campo, protagonizados por figuras públicas, dentre elas, principalmente, o Presidente da República”.

Segundo a página Brasil de Fato na internet, um integrante da CPT que atua no estado de Pernambuco, Giovanni Leão, está de acordo com o documento da Pastoral e explica que “na visão desse governo, o desenvolvimento encontra algumas barreiras, e uma delas são as comunidades rurais. O presidente [Jair Bolsonaro] privilegia o agronegócio e as grandes empresas e a fala dele criminaliza as comunidades. Essa atitude dele favorece o aumento da violência porque faz com que os grandes empresários tentem tirar as terras desses agricultores para implementar esse desenvolvimento” 

Em 2018 havia 143 ocupações de trabalhadores do campo nas áreas rurais do território nacional. As ocupações são uma forma de luta dos camponeses sem terra afim de pressionar o poder público a cumprir a reforma agrária, instituto previsto na Constituição da República de 1988. Em 2019  esses números  caíram para apenas 43, que corresponde a cerca de 70% de queda nas ocupações. Giovanni explica que esse fenômeno reflete a concentração dos conflitos em determinadas áreas: “a gente entende que os números diminuíram porque os conflitos estão se dando mais nas áreas de posseiros, nas comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas. Isso não se traduz em novas ocupações, porque são famílias que já moram nesses locais há muito tempo. Então a luta é para permanecer no território onde elas já vivem, não é uma nova ocupação”.

Por outro lado, um acentuado aumento na quantidade de manifestações de protesto contra as arbitrariedades a que as comunidades tradicionais do campo e os posseiros vêm sofrendo desde o golpe de 2016 e que continua a aumentar à medida que o governo Bolsonaro continua no poder do estado. Essas manifestações que em 2018 somaram 538, pularam para 1.301 em 2019, e, finalmente, é o único meio de barrar a ofensiva da direita no campo. 

 

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.