Um dos principais representantes da extrema-direita acéfala no país e notório defensor do golpe militar, o general Mourão, deu declarações neste último fim de semana se colocando frontalmente contra a greve dos caminhoneiros.
Segundo o milico, “a coisa não pode ser assim”, indicando que o “caos” (que seria a greve e não o “apagão” promovido pelo governo golpista em favor dos tubarões capitalistas) não pode tomar conta do País e que uma intervenção, diante de tal situação, seria desastrosa, jogando um balde de água fria nos elementos direitistas que apoiam a mobilização dos caminhoneiros e, ao mesmo tempo, pedem uma intervenção militar.
É importante ressaltar que os militares estão no comando do governo golpista, já faz algum tempo, através da figura do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen. Portanto, todas as medidas de destruição da economia nacional impulsionadas por Temer e sua gangue, também são apoiadas pelos generais e comandantes.
Mourão em sua fala, inclusive, ataca duramente a decisão da FUP (Federação Única dos Petroleiros) de aderir à paralisação e expõe seu pensamento descaradamente neoliberal ao analisar que o problema da Petrobrás seria o “monopólio”, dando a entender que se o Brasil abrisse ainda mais o mercado para as grandes petroleiras internacionais, a coisa iria melhorar.
É preciso dizer que o discurso do general é completamente falso e indicativo do desespero da burguesia diante da situação colocada pela greve. O plano dos golpistas é justamente a entrega de toda a riqueza nacional para setores imperialistas, o que passaria, obrigatoriamente, pela destruição da Petrobrás, mas destruir uma empresa desse tamanho e importância não é tarefa simples.
As medidas levadas a cabo pelo golpe só fizeram acentuar a crise no país, e deixaram o governo sem autoridade absolutamente nenhuma. Por isso é importante que as organizações dos trabalhadores, sob a liderança da CUT, convoquem mais rápido possível, uma greve geral e mobilizem os trabalhadores para derrubar o governo golpista nas ruas.