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Ditadura carcerária

Execuções pelo Estado aumentaram em 2020 nos EUA

Atuação de Biden e Kamala Harris, no aumento das penas e na condenação de negros, latinos e pobres, são a face oculta da demagogia eleitoral anti-Trump que levou parte da esquerda.

O governo norte-americano, país mais rico do mundo e maior império que o planeta Terra já viu, faz uma propaganda enganosa dizendo ser uma democracia plena de direitos. A propaganda diz que o país é livre para sonhadores conquistarem, com seu próprio suor, um lugar no céu capitalista. Se isso um dia já foi verdade, devido a algum momento especial de ascenso temporário no século XX, hoje em dia essa propaganda não consegue enganar como antes. Os Estados Unidos, que cresceram espoliando países atrasados desde que lutava para se tornar o maior império da história, há um bom tempo já não trata seus próprios cidadãos com os mínimos direitos democráticos. O encarceramento em massa, principalmente de minorias negras e latinas é uma marca presente naquele país e demonstra a total decadência do capitalismo.

Desde julho de 2020, dando fim a um hiato de 17 anos, os Estados Unidos já assassinaram nove presos sob responsabilidade do Governo Federal. Nos 45 anos anteriores esse número foi de apenas três. O governo Trump planeja, até janeiro de 2021, mais quatro execuções, o que quebra uma tradição de 130 anos de interrupção de penas de morte durante o período de transição entre governos. A última execução causou comoção no país, tratou-se de um homem negro de 40 anos chamado Brandon Bernard. Ele havia sido condenado por duplo homicídio em 1999, quando tinha 18 anos e foi morto na última quinta-feira (10/12). Mais de 500 mil pessoas assinaram pedidos à Donald Trump para converter a pena de morte em perpétua, sem êxito.

O sistema penal do país central do imperialismo mundial é uma verdadeira ditadura. Cerca de 2,3 milhões de pessoas estão em cadeias norte-americanas, a maior quantidade de presos do mundo. Um grande responsável por isto foi o próprio Joe Biden, enquanto congressista ele criou a lei federal responsável por um grande impulso no encarceramento e assassinato de negros. O dispositivo estendeu a pena de morte a 60 novos crimes, endureceu as sentenças, ofereceu aos estados fortes incentivos financeiros para a construção de novas prisões e proibiu uma série de armas de assalto. Além disso, ampliou o efetivo de policiais. Isso tudo foi aprovado em 1994.

Kamala Harris, vice de Biden, ex-procuradora geral da Califórnia, exerceu o papel de acusar a população pobre desesperada e impor as penas desumanas aprovadas por congressistas como Biden. Uma dobradinha perfeita para o massacre de minorias e do povo pobre. A demagogia que engana esquerdistas incautos fica por conta da apresentação de negros em cargos de alto-escalão e na criação de gabinete próprio para combater crimes anti-LGBT e crimes ambientais, para citar apenas alguns exemplos.

As medidas simbólicas são demagógicas e em nada substituem o caráter assassino burguês do seu trabalho na carreira como promotora. Ela nunca defendeu uma reforma substancial no sistema judicial, nunca se posicionou contrariamente à lei das “três oportunidades” californiana, que implica prisão perpétua à terceira condenação de um indivíduo, mesmo que fosse um delito de menor gravidade. Nunca se posicionou contra o fato do abandono escolar dos filhos resultarem em uma perseguição implacável da Justiça contra pais em situação de pobreza.

O Intercept levou à público que Kamala Harris não levou adiante uma denúncia contra o banco OneWest Best. Em 2016, a única candidatura democrata ao senado a receber doações dessa empresa naquele ano foi a de Harris. Nos casos das falsas hipotecas, teve uma atuação pífia de apenas 10 casos em três anos, números muito menores que de outros estados menores que a Califórnia. A então senadora também não teve atuação contrária às ações criminosas dos bancos durante a crise das hipotecas.

A vice-presidente dos Estados Unidos, que se diz contra a pena de morte hoje, em 2014 recorreu de decisão de um juiz federal que considerou esta inconstitucional. Também em 2015 ela foi contra uma lei que aumentaria a investigação de tiroteios que envolvessem policiais.

Enfim, Biden e Harris não são democratas coisa nenhuma como alardeou boa parte da esquerda nos EUA e no Brasil. A política demagógica desse setor, que é o setor principal ligado ao imperialismo, deve ser desmascarada e criticada por qualquer partido revolucionário.

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