Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança do Governo Macri, anuncia golpe de estado em 2021. Maurício Macri ascendeu ao governo do país por meio de uma eleição fraudulenta, marcada pelo caráter antidemocrático e golpista dos meios de comunicação burgueses. Bullrich no comando do Ministério da Segurança foi responsável pela repressão a diversos setores que se manifestaram contra o governo Macri que atacou duramente os direitos da população. Foram inúmeras as prisões (estudantes, professores, trabalhadores, ativistas em geral e líderes políticos, como a indígena mapuche Milagro Sala), também mortes como o caso de Santiago Maldonado, desaparecido em perseguição da polícia ao povo mapuche e encontrado morto.
Durante o governo Macri ocorreram uma série de perseguições a parlamentares peronistas com participação do judiciário golpista. Cristina Kirchner mesmo tendo sido eleita senadora e, portanto com imunidade parlamentar, foi duramente perseguida com objetivo claro de impedir sua reeleição em 2019. Essa perseguição judicial fez com que Cristina recuasse de encabeçar a chapa para presidência e como vice de Alberto Fernandez venceram as eleições.
Na segunda-feira (14), despois de se recuperar da COVID-19, Patricia Bullrich fez críticas sobre o isolamento social apontando o impacto sobre a economia e defendendo a reabertura irrestrita das atividades econômicas. Também se posicionou contra a declaração da internet como serviço essencial pelo atual presidente, defendeu restrição de acesso e controle dos conteúdos no meio digital. A declaração mais polêmica foi dizer que “somos vistos pela sociedade como a possível substituição deste governo nas eleições de 2021”. O problema é que as eleições para cargos do executivo ocorreram em 2019 e, dois anos depois, 2021, como é o sistema na Argentina, ocorrem as eleições para postos do legislativo.