Em entrevista a um programa de televisão dos EUA o ex diretor da CIA, John E. McLaughlin, agradeceu a Deus a existência de um deep state (estado profundo) que está articulando o impeachment de Donald Trump. Segundo o ex diretor, os membros do órgão de inteligência norte-americano são pessoas que estão realizando seu trabalho para manter a democracia do país, dentro como fora dos EUA.
O termo “estado profundo” se refere a um setor da burocracia que já não responde aos mandos civis, tendo uma organização própria e respondendo a interesses de outros grupos ou organizações.
John E. McLaughlin atuou como diretor da CIA de 2000 a 2004. Junto dele estava John Brennan, que trabalhou durante a gestão Obama como diretor da agência de inteligência do país. Brennan disse que o que Trump teme do “pessoal do estado profundo” é que esses órgãos (nomeadamente a CIA, FBI e NSA) são órgãos que tem o dever de dizer a verdade.
É preciso lembrar que não foi durante o governo Trump que a onda de golpes de estado na América Latina começaram. A esquerda pequeno burguesa tem o fetiche de pintar seu antecessor, Barack Obama, como o exemplo de pessoa democrática, quando na verdade foi durante essa gestão que os golpes aconteceram em favor dos países imperialistas.
O que acontece dentro dos EUA representa a profunda crise em que o sistema capitalista como um todo está inserido e mostra como os setores da burguesia imperialista estão divididos sobre a questão Trump.