O novo pacto selado entre o Mercosul e a União Européia, após mais de 20 anos de negociações, é mais um alerta do avanço do imperialismo contra os povos latino-americanos, mais especificamente da América do Sul.
O bloco composto por 19 países na Zona do Euro tem como previsões do FMI desacelerar o PIB para 1,3% neste ano – em 2018 esteve em 1,8%. Existe também preocupações com o Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia) e com o déficit fiscal da Itália. Por essas razões, o imperialismo europeu busca agora sanar sua crise através da sua expansão nos mercados brasileiros e nos países do Mercosul.
A derrubada de mais de 90% das tarifas nos intercâmbios entre os dois blocos, que juntos somam 773 milhões de consumidores, trará desde aumento de conflito agrário – com o aumento do latifúndio e da violência no campo – até desemprego e regressão dá já pequena pequena indústria nacional. Hoje, o Mercosul é superavitário em relação a Europa (US$7 bilhões), porém, a tendência com o novo pacto é que a situação se reverta.
Essa é a solução do imperialismo europeu para a crise capitalista: aprofundar a exploração e provocar a miséria nos países atrasados, para manter determinadas condições nos países imperialistas.