A Associação Europeia de Clubes (ECA) divulgou no último dia 5 de junho, um estudo que revela a quantidade e a origem dos clubes envolvidos no fornecimento de jogadores para a Copa do Mundo da Rússia 2018.
Os números comprovam a força econômica dos clubes europeus, ou seja, do imperialismo futebolístico mundial e isso se reproduz na presença maciça de seus jogadores nas seleções de todos os continentes. Algumas das principais conclusões do estudo podem ser resumidas da seguinte forma: 74% dos jogadores na Copa do Mundo estão registrados em clubes europeus
Apenas 5 jogadores, de todas 14 seleções europeias classificadas, atuam em clubes de fora do continente.
A pesquisa aponta que entre os 736 jogadores que poderão estar inscritos em 14 de junho, o país que criou o futebol, a Inglaterra, tem em seus 34 clubes 130 jogadores no torneio na Rússia, 21 clubes espanhóis terão 81 jogadores, 22 clubes alemães terão 68 jogadores, 16 clubes italianos terão 58 jogadores, ou seja, apenas 4 países detém 337 jogadores na Copa, ou em termos percentuais, 45% de todos os jogadores presentes na Copa atuam na Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália
Já todos os clubes da Confederação Sul Americana de Futebol, a CONMEBOL contam com apenas 5% dos atletas inscritos. Aí se vê toda a disparidade à que leva o poder econômico do imperialismo, o continente que tem três países campeões do mundo, Brasil (5 vezes), Argentina (2 vezes), Uruguai (2 vezes), nove conquistas mundiais ao todo e que tem historicamente e atualmente também, os maiores jogadores de futebol do mundo, tem apenas cerca de 35 jogadores atuando dentro de todo o continente.
Entre os brasileiros 83% dos jogadores inscritos pertencem a clubes membros da ECA.
Vinte e oito das 32 seleções presentes ao Mundial têm pelo menos um jogador contratado por um clube inglês, mesmo que em divisões inferiores, somando 130 jogadores, mais 17% do total de inscritos na Copa. Apenas Arábia Saudita, Panamá, Rússia e Uruguai não tem jogadores de clubes ingleses.
A Bélgica e a Islândia têm apenas um jogador cada que atua em equipes domésticas.
Os clubes asiáticos são responsáveis por 11% dos jogadores do inscritos. Os clubes da América do Norte e Central e do Caribe participarão com 54 jogadores. Os 19 jogadores selecionados dos Estados Unidos representam 11 diferentes clubes.
Logo abaixo da América do Sul no quesito de jogadores que atuam no próprio continente, vem a África, onde entre todos os clubes africanos estes tem apenas 21 jogadores inscritos. Todos os jogadores do Senegal jogam no exterior. A Nigéria tem apenas um jogador vinculado a um clube local.
Os clubes de fora da Europa com o maior número de jogadores são os sauditas Al-Ahli e Al-Hilal com 9 jogadores cada um.
O estudo indica que 9 jogadores vinculados a 7 diferentes clubes brasileiros participarão da Copa.
Os 20 clubes mais representados na Rússia são:
Manchester City (ING) – 16 jogadores
Real Madrid (ESP) – 15 jogadores
Barcelona (ESP) – 14 jogadores
Chelsea (ING) -12 jogadores
PSG (FRA) – 12 jogadores
Tottenham (ING) – 12 jogadores
Bayern (ALE) – 11 jogadores
Juventus (ITA) – 11 jogadores
Manchester United (ING) – 11 jogadores
Al Ahli (A.SAU)- 9 jogadores
Al Hilal (A.SAU)- 9 jogadores
Atlético de Madrid (ESP) – 9 jogadores
Monaco (FRA) -8 jogadores
Leicester (ING) – 8 jogadores
Liverpool (ING) – 8 jogadores
Al Ahly (EGI) – 7 jogadores
Arsenal (ING) – 7 jogadores
Borússia Dortmund (ALE) – 7 jogadores
Borússia Mönchgladbach (ALE) – 7 jogadores
Sporting de Lisboa (POR) – 7 jogadores