O imperialismo ianque agressor está novamente com sua artilharia dirigida contra o Brasil. Depois de sobretaxar dois dos mais importantes insumos nacionais, o aço e o metal, o presidente direitista Donald Trump investe mais uma vez contra a soberania nacional, dessa vez com ameaças ao Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) para uso da base de Alcântara, no Maranhão. Se a concessão, por parte do vendilhão governo Bolsonaro, para o uso da base militar já se colocou como um ato de total submissão e anti-soberania, contrário aos interesses estratégicos nacionais, a pressão que neste momento é exercida pelos EUA só pode ser entendida como uma verdadeira declaração de guerra ao país; um ato de recolonização, de total agressão e ataque à soberania nacional.
O pretexto para mais este ato de pirataria internacional contra uma nação independente e soberana (formalmente ainda somos um país independente, por maior que seja a política de submissão e prostração do governo Bolsonaro aos EUA) é a indisposição dos norte-americanos para com os chineses, expresso atualmente na guerra comercial e tecnológica que os dois gigantes da economia travam na arena mundial. Os ianques ameaçam o país caso o Brasil mantenha os chineses no leilão 5G, que está previsto para o segundo semestre de 2020. “Os americanos temem espionagem e alegam que não vão utilizar sua tecnologia espacial em um país no qual as redes de tecnologia da informação são controladas por seu rival comercial, a China” (sítio HUFFPOST, 04/12).
Trump e os falcões da Casa Branca não viram com bons olhos a aproximação do governo brasileiro com os chineses, por ocasião do encontro dos BRICS, em meados de novembro. Washington não gostaria de ver um tradicional colaborador da política norte-americana (Brasil) se aproximando do seu principal inimigo comercial, a China, com quem trava uma luta de vida ou morte pelo controle e pela posse dos mercados, particularmente no terreno da tecnologia da informação, onde os chineses avançam, conquistando importantes mercados.
O flanco aberto pelo capachismo do governo Bolsonaro nas relações do Brasil com o imperialismo ianque vem permitindo aos Estados Unidos agir como verdadeiros colonizadores contra os interesses nacionais, de forma cada vez mais agressiva. Bolsonaro é a expressão mais acabada desta política de submissão e entrega do país ao imperialismo, materializada nas privatizações, no leilão dos ativos econômicos e na quebra da indústria nacional.
A ameaça de retaliação ao país no episódio da base militar de Alcântara – que o serviçal governo brasileiro entregou aos EUA – é a prova cabal da falácia que representa os golpistas que assaltaram o poder em 2016. Sob o manto de um discurso supostamente nacionalista, o que se vê é a mais completa sujeição aos interesses estrangeiros, particularmente aos ditames dos Estados Unidos da América.