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Demagogia versus realidade

EUA: tentativa de transformar manifestações em apoio eleitoral

Para impulsionar a candidatura preferencial do imperialismo mundial, monopólios da imprensa tentam associar Biden às demandas do movimento negro dos EUA

Quem acompanha a imprensa imperialista, pode observar frequentemente linhas editoriais unificadas, sempre que a situação assim exige. Na abordagem ao processo eleitoral dos EUA, a tentativa de apresentar Joe Biden como uma alternativa progressista, ou menos direitista, em relação à Donald Trump é bastante evidente.

Diante da escalada de protestos contra os assassinatos de pessoas negras pela ação direta da polícia por todo o país em 2020, os principais monopólios da comunicação vêem buscando associar essa demanda popular à candidatura do Partido Democrata. Uma manobra cínica e que ainda conta com a ajuda de parte da esquerda americana.

O que essa imprensa evita lembrar é que a onda de protestos onde foi criado o famoso movimento Black Lives Matter (em português algo como Vidas Negras Têm Importância) ocorreu durante a presidência do primeiro presidente negro dos EUA, Barrack Obama, tendo ninguém menos do que Joe Biden no cargo de vice-presidente. O que esses “democratas” fizeram de substancial contra a violência policial contra a população negra? Absolutamente nada.

Já havia chamado a atenção durante o processo eleitoral que levou Obama à presidência o fato de que foi o candidato preferido de Wall Street e dos principais setores do capitalismo ianque. Depois de dois mandatos de “guerra contra o terror” de Bush, a eleição do primeiro presidente negro num país que há poucas décadas adotava medidas de segregação racial parecia uma guinada progressista. Mas como uma chapa eleita pelo núcleo do imperialismo estadunidense poderia ser minimamente progressista?

Ao contrário do discreto currículo prévio de Obama, Biden já tem um histórico difícil de disfarçar. Ele foi a figura central para a aprovação da Lei Criminal de 1994 (conhecida também como Lei Criminal Biden) que impulsionou o encarceramento em massa nos EUA, numa reedição da guerra contra as drogas. Essa medida impactou especialmente a população negra e latina.

Assim como ocorreu nas frustradas empreitadas eleitorais de Hillary Clinton, associada ao belicismo ianque (que além de levar morte e destruição a diversos países, causa mortes entre os próprios cidadãos estadunidenses), a candidatura de Biden é vista com desconfiança por grande parte do potencial eleitorado do Partido Democrata.

Apesar disso, até setores de mídia progressista brasileira acabam fazendo coro com The New Times, Deustzche Welle e El Pais, entre outros. Diante da figura grotesca de Donald Trump, optam por ignorar que Biden é o representante preferencial dos setores mais importantes do imperialismo, não só estadunidense mas mundial. Esse fator o coloca como um inimigo pior que Trump, não só para os negros estadunidenses, mas para todos os povos oprimidos pelo imperialismo.

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