Edward Gallagher é um oficial de elite da marinha norte-americana. No uniforme, exibe condecorações acumuladas ao longo de 40 anos, inclusive participação no Afeganistão e Iraque. Condecorações são dadas para premiar a conduta do soldado, e Gallagher exemplifica qual é o tipo de conduta que merece homenagem. O oficial responde a processos por sete crimes de guerra, inclusive ter esfaqueado até a morte um adolescente iraquiano que era prisioneiro em sua custódia.
A corte marcial o absolveu, considerando paga uma pena menor, de quatro meses, por ter posado ao lado da foto da vítima. Gallagher foi denunciado por seus colegas, e acusa-os de formarem complô para incriminá-lo. É preciso não alimentar ilusões a este respeito, também. Tanto os oficiais como as cortes militares são movidos por interesses políticos e podem conspirar contra seus pares.
Mas o fato permanace: um prisioneiro iraquiano em custódia dos EUA foi morto, o que constitui crime de guerra, de maneira brutal e deliberada, e a investigação não encontra responsáveis, dando clara mensagem de que os militares não precisam se preocupar com os limites na violência que despejam sobre os países que invadem.