Os Estados Unidos insistem na extradição formal da executiva Meng Wanzhou, da empresa chinesa de tecnologia Huawei, presa no Canadá em 1° de dezembro, por supostas violações de sanções norte-americanas contra o Irã. A perseguição à filha do fundador da Huawei Technologies, a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo e que cresceu no ano passado, enquanto a norte-americana Apple apresentou queda em seu faturamento. É mais uma estratégia imperialista, aos moldes da Lava-Jato brasileira, para atacar empresas mundo a fora que façam concorrência direta com os monopólios norte-americanos.
Ao contrário das instituições brasileiras, o governo chinês, que prometeu responder às ações de Washington, mantém presos dois cidadãos canadenses, sendo um condenado anteriormente à morte, por tráfico de drogas. Mesmo sem relacionar ambos os casos, a China adverte sobre graves consequências se Meng não for imediatamente liberada, considerando que o caso da executiva claramente “não é um caso judicial normal”, segundo o Ministério de Relações Exteriores da chinês.
Assim como a extradição ilegal do italiano Cesare Battisti, enviado da Bolívia diretamente para a Itália, a porta-voz do ministério chinês, Hua Chunying, declarou em uma coletiva de imprensa que “qualquer um com bom julgamento determinaria que o Canadá cometeu um ‘grave erro’ nesta questão, e que ‘o Canadá e os Estados Unidos arbitrariamente abusaram de seu tratado de extradição bilateral para violar gravemente a segurança e os direitos legais de uma cidadã chinesa”.
A China “pede veementemente” que os Estados Unidos corrijam o seu “erro”, cancelando a ordem de prisão contra Meng e que não façam o pedido formal de extradição, acrescentou. Já o governo americano declarou que irão solicitar a extradição da executiva da Huawei, mas não disse quando o pedido será feito.