O número de desempregados nos Estados Unidos bateu um recorde histórico na última semana. Já são cerca de 6,6 milhões de novos pedidos de seguro desemprego, número que até duas semanas atrás era de 3,3 milhões. Analistas estadunidenses que até mês passado afirmavam que os EUA conseguiriam atravessar essa crise ilesos, hoje dizem que a recessão é comparável com o ápice da crise de 1929.
O impacto na população causado pelo fechamento e pelas demissões em massa nas empresas americanas demonstram muito bem a atuação do governo burguês em uma crise do sistema: para o povo, nada, para os capitalistas, tudo.
Enquanto o governo tenta desesperadamente salvar empresas e bancos, a população desempregada se depara com o problema do aluguel: cerca de 40% dos inquilinos da cidade de Nova Iorque já não conseguirão pagar o aluguel do mês de abril e muito provavelmente serão despejados.
Enquanto isso, na Venezuela — onde, de acordo com os capitalistas, existe uma ditadura — as contas de água, luz e gás, o aumento de investimentos na saúde, a proibição de demissões aplicadas nas empresas e concessão de auxílios financeiros à população.
Leia a seguir as 32 medidas do PCO para fazer frente tanto à crise do coronavírus quanto à crise capitalista:
- Aumento imediato das verbas para a saúde, aumentar o número de instalações e equipamentos;
- Suspensão das aulas nas escolas e universidades;
- Contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise;
- Aumento do número de leitos nos hospitais públicos;
- Distribuição gratuita da máscaras, luvas, álcool e remédios;
- Formação de conselhos populares de fiscalização do serviço de saúde;
- Estatização de todo o sistema de saúde;
- Estatização dos laboratórios;
- Estatização da produção de equipamento de saúde;
- Construção de abrigos para os moradores de rua;
- Aumento das vacinas disponíveis contra a gripe e abertura de mais postos de vacinação;
- Proibição de cortes de luz e água;
- Estabelecer sistema de testes em todos os lugares;
- Suspensão do rodízio de automóveis;
- Proibição das demissões;
- Licença saúde paga para todos os afetados pela crise;
- Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, formação de turnos com pessoal reduzido;
- Comitês de controle do abastecimento e especulação com gêneros de primeira necessidade;
- Proibição da superlotação do transporte público;
- Reforço da merenda nas escolas públicas e presídios;
- Soltar todos os presos provisórios, não perigosos, garantir condições de saúde adequadas;
- Fazer todos os estabelecimentos funcionarem em turnos
- Nenhuma suspensão de direitos políticos, reunião, manifestação;
- Nenhum dinheiro para os bancos e especuladores, estatização do sistema financeiro;
- Nenhum dinheiro para os capitalistas, estatização das empresas falidas;
- Nenhuma demissão, escala móvel de horas de trabalho;
- Redução da semana de trabalho para 35 horas (7×5);
- Aumento dos valores do bolsa-família e extensão do plano para fazer frente às necessidades de saúde e da crise econômica;
- Fim das privatizações, cancelamento das já realizadas;
- Fora Bolsonaro, Witzel, Dória, etc.;
- Por uma assembléia constituinte convocada sobre a base da mobilização popular;
- Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.