O termômetro social dos EUA tem marcado altas temperaturas desde a morte de George Floyd. Não bastasse a crise econômica aliada à pandemia como lenha para a combustão social, as forças de repressão do Estado têm soprado a chama da rebelião popular contra o regime político. Após mais uma atrocidade policial, uma onda de protestos tomou o estado de Wisconsin.
Na tarde deste domingo, 23, na cidade de Kenosha, por volta das 17 horas (hora local), câmeras flagraram o exato momento em que policiais disparam pelo menos sete vezes contra Jacob Blake. Atendendo um suposto chamado de “incidente doméstico”, oficiais da polícia foram dispostos à execução; foram ao menos 7 disparos de arma de fogo. De acordo com comunicado divulgado pelo Departamento de Polícia de Kenosha, a vítima foi levada para um hospital. Sabe-se, portanto, que Blake está internado em estado grave no Hospital Froedtert, em Milwaukee.
Essa atrocidade cometida pela polícia estadunidense demonstra a realidade do povo negro norte-americano. Ações como essa não são isoladas, mas apenas uma das formas que a burguesia imperialista utiliza para aterrorizar o povo e impedir sua revolta. Mesmo representando cerca de 11% da população dos EUA, os negros são os que mais morrem pela covid-19, os que recebem os piores salários e que se encontram em condições de maior vulnerabilidade social. É preciso denunciar o verdadeiro terrorismo de Estado contra a população negra e pobre dos EUA.
En Kenosha (Wisconsin, EE.UU.) se produjeron disturbios y saqueos después de difundirse en redes sociales un video en el que un policía disparó siete veces por la espalda a un hombre negro pic.twitter.com/qmrTuLpPuT
— RT en Español (@ActualidadRT) August 24, 2020