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Imperialismo

EUA, nação terrorista, acusa de terrorista quem não se ajoelha

Os EUA reinseriu Cuba em sua lista de países que não colaboram com sua política de guerra ao terrorismo. Além de Cuba, estão nesta lista Venezuela, Irã, Coreia do Norte e Síria

O governo dos Estados Unidos reincorporou Cuba em sua lista de países que não colaboram na luta contra o terrorismo, conforme comunicado do Departamento de Estado nesta quarta (13).

A lista classifica os governos do Irã, Coreia do Norte, Síria, Venezuela e Cuba, segundo a Lei de Controle de Exportação de Armas, como países que não “cooperam totalmente” com os esforços da política de guerra ao terrorismo de Washington. A classificação implica que a venda de equipamentos militares de defesa para estes países fica proibida e sujeita à supervisão e sanções por parte das instituições dos EUA. Cuba havia sido retirada desta lista em 2015, após permanecer por 33 anos.

A justificativa para reinserção de Cuba seria a de que membros da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), que viajaram para a ilha para participar de negociações de paz com representantes do governo colombiano em 2017, permaneceram na ilha em 2019. O governo americano solicitou a extradição dos guerrilheiros para cumprirem pena nos Estados Unidos, o que foi prontamente negado pelas autoridades cubanas. Membros da guerrilha reconheceram sua participação em atentado à bomba na Colômbia contra a Escola General Santander de Cadetes, localizada na capital Bogotá, no contexto de enfrentamento armado contra as oligarquias colombianas que controlam o Estado.

Por sua vez, o governo cubano rejeitou a inclusão do país na lista infame e denunciou que há uma longa lista de atentados terroristas cometidos pelos EUA contra a ilha. Inclusive, ocorreu um atentado terrorista a tiros à Embaixada de Cuba nos Estados Unidos em 30 de abril que contou com silêncio cúmplice das autoridades americanas.

Em relação à Venezuela, o Departamento de Estado afirma que o governo Nicolás Maduro propicia “ambientes permissivos para ação de terroristas da região”. O documento recorda a acusação criminal apresentada pelos Estados Unidos por narcotráfico contra o presidente bolivariano e autoridades do primeiro escalão do governo, que  supostamente estariam em associação com as FARC no tráfico de drogas nos últimos 20 anos.

Sobre a Síria, o documento salienta “o apoio político e militar a grupos terroristas” que atuam na região do Oriente Médio, como o Hezbollah.

A Coreia do Norte é acusada de acolher quatro japoneses que participaram de um sequestro de um voo em 1970. O documento menciona que há 12 cidadãos japoneses desaparecidos e que se presume que foram sequestrados por entidades estatais de Pyongyang.

Por último, o governo do Irã é acusado de ser o “maior patrocinador do terrorismo estatal do mundo”, pelo apoio ao Hezbollah e aos grupos pró-independência palestina que operam no Oriente Médio. A Guarda Revolucionária do Irã é acusada de estar diretamente envolvida em assassinatos de cidadãos americanos.

Todos os governos de orientação política nacionalista que se opõem, em maior ou menor grau, ao domínio político e econômico dos Estados Unidos sobre o mundo são qualificados como “patrocinadores do terrorismo”. Esta classificação tem sérias consequências e indica para o fato de que estes países serão alvo de desestabilização política, bloqueios econômicos, sabotagens, tentativas de invasão militar direta ou por meio de mercenários, campanhas internacionais promovidas pela imprensa imperialista e ingerência externa.

Ao contrário das afirmações do documento, são os Estados Unidos o país terrorista por excelência. Não seriam possíveis os golpes de Estado ocorridos em toda a América Latina, contra os governos nacionalistas, sem a conspiração e a articulação política das agências americanas. O bloqueio econômico em vigor há mais de 50 anos contra Cuba, por ex., é uma ação tipicamente terrorista, destinada a tentar dobrar pela fome um povo rebelde.

As intervenções americanas no Iraque e Afeganistão, que custaram milhões de mortos e deslocados internos, são modelos de terrorismo. As duríssimas sanções econômicas aplicadas contra o Irã, que visam estrangular a economia do país persa, mantidas mesmo no contexto da pandemia do Covid-19, demonstram quem é o país promotor do terrorismo, da fome e da miséria no mundo.

A recente tentativa de invasão da Venezuela por mercenários treinados na Colômbia e ligados ao governo Ivan Duque, capacho dos Estados Unidos, é mais uma prova do caráter de classe do governo americano e de sua política terrorista.

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