A política de luta contra o racismo promovida pelo imperialismo ganhou novo tom de censura e ditadura após a radicalização política em todo mundo. Ao contrário do que entende a esquerda pequeno-burguesa, a luta contra o uso de termos ou gestos supostamente de conotação racial, serve apenas como uma maneira do imperialismo desviar a luta social, contra o capitalismo, para uma luta imaginária, uma sombra do real problema.
No último dia 3 de junho, o norte-americano Emmanuel Cafferty, de 47 anos perdeu seu emprego graças a essa absurda campanha. Voltando para casa, Cafferty foi visto estralando os dedos na janela de seu carro, e ao ser visto por uma outra pessoa, esta o denunciou no Twitter por fazer o gesto de “ok”, considerado racista pelo imperialismo.
O gesto está sendo banido das principais competições organizadas pelo imperialismo, como os jogos eletrônicos e demais partidas online. A suposta preocupação do imperialismo pelas causas negras é cínica. O mesmo é responsável pelo completo esmagamento e genocídio que fizeram com que o caso Floyd explodisse em todo Estados Unidos.
O trabalhador comenta que duas horas depois de ser denunciado nas redes sociais, seu supervisor avisou que estava suspenso do trabalho. Uma hora depois teve o computador e caminhonete da empresa levada embora, e após 5 dias, fora demitido.
Sendo filho de migrantes mexicanos, este havia sido seu primeiro emprego com direito a aposentadoria na vida. Agora, graças a política de perseguição promovida pelo imperialismo, Carfetty está desempregado.
O caso é propicio para novamente levantar a discussão em torno da campanha identitária de proibições de falas e censuras. A luta contra o racismo, de maneira isolada, é apenas uma luta inócua que dá ferramentas de perseguição à burguesia.
Nenhum negro será beneficiado com esta campanha, mas sim abrirá margem para um total esmagamento da população pobre, que como neste caso, mal teve tempo para defender-se das acusações.