Nessa segunda-feira (5), os Estados Unidos em conjunto com a Coreia do Sul realizaram uma bateria de exercícios militares na Península Coreana. Esses exercícios são considerados pela Coreia do Norte como ameaças, e infringem os acordos feitos entre Washington e Pyongyang sobre a desnuclearização das duas Coreias.
Mais exercícios estão previstos para acontecer do 11 a 14 de agosto e do 16 a 20 de agosto. Segundo o Porta Voz da Ministério da Defesa da Coreia do Sul, os sul coreanos estão se “preparando para um exercício conjunto no segundo semestre do ano para testar a capacidade de transição para o comando em condições de guerra”.
A resposta da de Kim Jong Un foi retomar os testes nucleares no Mar do Japão, uma medida que mostra que o país não está disposto a continuar com um acordo que é abertamente desrespeitado por uma das partes.
Na ONU, Ju Yong Chol, representante da Coreia do Norte disse que o país está fazendo o possível para resolver os conflitos através do diálogo, mas que essas ações vindas dos norte-americanos e dos sul coreanos estão incitando uma tensão militar.
“Os Estados Unidos estão incitando tensão militar hostil à Coreia do Norte ao implantar uma grande quantidade de equipamentos militares modernos na Coreia do Sul, desrespeitando seu compromisso de suspender exercícios militares conjuntos, feito na [reunião de] cúpula.”
Os americanos negam cinicamente qualquer tentativa de provocação.
Está para se iniciar uma nova campanha de difamação e ataque à Coreia do Norte. Os encontros entre Kim e Trump na tentativa de diminuir às tensões entre os dois países, como explicado por esse jornal, não passou de mais um acordo para frear o desenvolvimento de um país subdesenvolvido que logo logo seria desrespeitado pelos americanos, como de fato foi.
Trata-se de um caso similar com o do Irã, cujo acordo feito com os americanos, para que os iranianos diminuíssem seu programa nuclear em troca de uma diminuição das tensões comerciais e militares impostas pelos norte americanos, também não foi respeitado.
A campanha contra a República Popular da Coreia do Norte já começa apontando-os como vilões ao retomarem seus exercícios com os mísseis nucleares, mesmo que não passem de um mecanismo de defesa contra a agressão imperialista.