O secretário do conselho denominado “Expediency Discernment Council”, Mohsen Rezaee, usou o instagram para indicar que o incidente pode ser visto como uma guerra econômica em substituição a uma guerra militar, uma estratégia que, ao invés de bombas atômicas, utiliza o arrocho econômico. Rezaee argumenta que a “política dos EUA e de Israel [são] como uma Hiroshima de subsistência ou Hiroshima de trigo”, aumentando a pressão econômica contra o povo.
Para embasar sua tese, o político iraniano afirma que nos últimos meses o governo norte-americano forçou o recuo da lira libanesa em relação ao dólar, diminuindo drasticamente o poder de compra dos libaneses.
A explosão deixou cerca de 300.000 pessoas desabrigadas e o prejuízo financeiro calculado é de 10 a 15 bilhões de dólares, segundo o governador de Beirute, Marwan Abud. Até agora, a devastadora explosão da última terça-feira deixou 137 mortos e mais de 5.000 feridas.
A fonte da explosão ainda não está clara, mas parece ter sido causada por uma faísca em uma armazém de fogos. O incidente adia a “vingança” prometida pelo Hezbollah contra Israel, que matou um dos líderes do movimento libanês, beneficiando o triângulo EUA-Israel-Arábia Saudita que tenta desestabilizar o país árabe economicamente há algum tempo.