O ano de 2020 iniciou com o estourar de diversas crises. Por um lado perspectivas econômicas desastrosas até mesmo para os principais países do mundo, por outro um surto mundial de um vírus que acentuou toda a decomposição geral do sistema capitalista. Com isso, a crise entre os países se intensificou, e o caso entre o imperialismo estadunidense e o Irã, foi a maior demonstração desta questão.
O conflito entre Irã e EUA é antigo, o país persa representa a maior ameaça ao imperialismo em relação ao controle da região do oriente médio, conhecida pela sua grande riqueza, sobretudo petroleira. Sendo assim, a disputa entre ambos os países atinge toda região e com a crise econômica mundial, os interesses econômicos do imperialismo inflam como nunca.
A postura cada vez mais agressiva gerou reação do Irã. Agora, o governo iraniano cobra que Donald Trump, o presidente de extrema-direita norte-americano assuma a responsabilidade pelos ataques do imperialismo ao Iraque, país vizinho e já muito atingido no passado pelas ações predatórias do imperialismo na região.
Meses atrás o imperialismo já havia provocado uma crise gigantesca, levantando grandes chances de uma nova guerra na região. O assassinato de líderes militares tornou-se o estopim para toda crise, e apenas a reação intensa do povo iraniano foi capaz de fazer o imperialismo recuar diante da situação.
Contudo, com o desenrolar da crise econômica, o Irã torna-se novamente um alvo de extrema importância para os Estados Unidos. Vale lembrar, que a economia dos países imperialistas está em completa derrocada, logo a política de rapina e de completa pilhagem dos países atrasados torna-se inevitavelmente a diretriz para todo o período.
Porém, ao mesmo tempo em que a sanha imperialista aumenta, a crise também faz com que o outro polo da luta se erga, e a população dos países atrasados entrou junto a tudo isso em fortes mobilizações como no Irã, Chile, Bolívia, Venezuela, entre tantos outros países massacrados.
Por fim, fica claro a decadência geral do sistema capitalista, com a amplificação e aprofundamento dos conflitos entre os países imperialistas e os oprimidos, algo que nada mais é que um reflexo da luta de classes que se desenvolve no interior de todos estes.