Brian Hook, enviado especial dos Estados Unidos para o Irã, ameaçou nessa sexta-feira (28) que o seu país irá implementar sanções econômicas a qualquer país, sem exceção, que importar petróleo iraniano.
“Vamos sancionar quaisquer importações de petróleo bruto do Irã. (…) Agora não há isenções em vigor”, disse o diplomata em uma coletiva de imprensa realizada em Londres. “Vamos sancionar quaisquer aquisições ilícitas de petróleo bruto iraniano”, completou.
A declaração foi especialmente em resposta a questionamentos de jornalistas sobre a parceria entre Irã e China no comércio de petróleo bruto. No último dia 20, um petroleiro iraniano chegou aos portos chineses. Ele havia saído da costa do país persa no prazo limite para o fim das isenções para a compradores de petróleo do Irã. Acredita-se que nas próximas semanas continuem chegando embarcações desse tipo do Irã para a China, o que poderia significar que Pequim está simplesmente ignorando as imposições do imperialismo norte-americano.
A China é um importante parceiro do Irã, tanto na área econômica como na político-diplomática. Do mesmo modo é a Rússia para Teerã, e não há sinais que Moscou siga um caminho diferente do que o que parece que está sendo traçado pelo gigante asiático com relação ao petróleo iraniano.
O fato é que os Estados Unidos, como potência imperialista, aplica uma política extremamente agressiva contra os países que não querem se submeter totalmente a seus interesses. Esse é o caso da Venezuela, de Cuba, do Irã, da Rússia e da China.
Curiosamente, a maioria desses países tem grandes reservas de petróleo e importantes riquezas naturais que são cobiçadas pelos monopólios capitalistas dos países imperialistas. O cerco ao Irã tem justamente esse objetivo: asfixiar a economia do país para tentar afrouxar a política nacionalista do governo iraniano a fim de facilitar a penetração das petrolíferas imperialistas no mercado persa. O ideal, para o imperialismo, na verdade, é derrubar o regime instalado no Irã com a Revolução de 1979 e se apoderar de todos recursos econômicos iranianos para submeter o país ao completo domínio dos monopólios.