Os Estados Unidos estão monitorando por satélite dois navios iranianos que estão se deslocando em direção à Venezuela. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, declarou que a preocupação seria com a possibilidade de estarem transportando armas e também estarem transferindo barcos de ataque. O vice-chefe da segurança nacional do parlamento do Irã, por meio da agência Mehr, informou que “a ameaça dos EUA aos navios iranianos é uma violação aos direitos internacionais”.
A ação dos Estados Unidos evidentemente se trata de uma provocação contra os países de governos não subserviente aos seus interesses imperiais. Caberiam uma série de questionamentos a este comportamento abusivo do país norte-americano, sobre quem teria instituído esse país como a “polícia” do mundo e sobre o direito desses países comercializarem o que bem entenderem.
Em relação ao receio dos Estados Unidos do suposto transporte de armas, teríamos que realizar um grande esforço para compreender a preocupação manifestada quando são simplesmente o país com maior poderio militar do planeta, dispondo de armas com maior capacidade de destruição em massa e ainda possui milhares de bases militares espalhadas por todo planeta.
A agência de inteligência dos Estados Unidos diz que um dos navios estaria transportando um barco de ataque rápido, do tipo que foi usado para atacar a marinha americana no Golfo Pérsico. Sobre isso, caberia ao país norte-americano explicar os motivos de sua marinha estar bem longe de casa e do direito de países soberanos se defenderem.
É de um cinismo dos Estados Unidos absurdo falar em direito internacional quando se pratica ingerência nos assuntos internos de outros países, quando se impõe bloqueios econômicos criminosos a outros países, quando se invade com exército outros países, quando se joga bombas contra a população de outros países, entre outras práticas antidemocráticas.
Nenhum país soberano deve ser submetido ao julgo de outros países, todos países devem ter liberdade para estabelecer relações políticas, bem como, acordos comercias com os países que acreditar ser mais conveniente. Diante dos ataques dos Estados Unidos contra os governos da Venezuela e do Iran, é preciso defender o direito autodeterminação desses países em oposição à dominação imperialista.