Da redação – Uma aluna do Colégio Dom Pedro II cedeu entrevista ao Diário Causa Operária na manhã desta segunda-feira (12), durante a manifestação contra o MBL do “Escola com fascismo” onde estavam pais, alunos e militantes do PCO, bem como dos Comitês de Luta Contra o Golpe do RJ. A fala da jovem ajuda muito a entender a atual situação política, em que, a extrema-direita tenta passar um projeto de lei, o “Escola Sem Partido”, com a velha demagogia da burguesia de que a esquerda “doutrina” as pessoas com o marxismo, que seria “o grande mal vermelho a ser combatido pelas pessoas de bem”.
Como está na fala abaixo, podemos ver que no colégio onde os fascistas do MBL decidiram ir censurar um professor de esquerda, alguns cursos, como economia, trazem grande material de direita, de economistas liberais que na esmagadora maioria das vezes, não falam da realidade como ela realmente é. E esse foi o trabalho de Marx, desnudar a verdade da sociedade dividida em classes sociais antagônicas, onde, a burguesia, esmaga, escraviza a classe operária.
Os militantes de esquerda enfrentaram e derrotaram os fascistas que foram embora desmoralizados, deixando até mesmo o carro de som quebrado para trás. Os inimigos dos trabalhadores nem tiveram a decência de ajudar o trabalhador do carro a empurrar o mesmo, mas, para isso, os pais, professores, alunos e militantes estavam lá.
Segue a denúncia da aluna que defende o professor perseguido:
“Eu acho que todo mundo tem que ter direito de se manifestar, mas, ao mesmo tempo ,eu acho que eles não tentam ver o nosso lado. Se você pergunta pra um deles o que é o movimento deles, ele só vem te xingar. Eu acho isso muito errado.
Eu acho que isso esta virando um ataque contra os professores, isso vira os alunos contra os professores, e, os estudantes, normalmente, já tem uma sensação de serem antagônicos aos professores. Isso coloca o aluno muito contra o professor, quando na verdade o professor está ali para ajudar o aluno, ele tá ali pra estimular o senso crítico do aluno.
Eu nunca fui doutrinada na minha escola, eu aprendi sobre todas as vertentes políticas, e tenho economia e não estou lendo sobre Marx, muito pelo contrário, a gente está vendo livro de direita. Então, eu acho muito errado você atacar uma instituição sem estar nela, sem conversar com alunos, professores e etc.”
Assista a entrevista na íntegra: