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“Esvaziamento” de moradias: desculpa para atacar movimento estudantil

Em meio à pandemia, burguesia procura novas formas de sabotar o acesso às universidades.

A maioria das universidades públicas do país está esvaziando os dormitórios e casas de estudantes como suposta medida de controle à pandemia do coronavírus. Algumas delas, como a Unesp, chegaram a financiar a volta para casa de diversos estudantes. A UFRJ determinou um valor maior na bolsa de auxílio estudantil no intuito de que os estudantes possam enfrentar a pandemia na quarentena dentro dos aposentos da universidade, ou até em suas casas, como na UFAL, UFG e UFRN. Na Unicamp, foram tomadas algumas providências no que se refere à rotina dos estudantes, como a de alimentação. A universidade está se mobilizando para entregar as marmitas nos dormitórios, evitando a necessidade de aglomeração dos estudantes.

Ainda assim, outro grande número de estudantes não tem condições de voltar para casa, dependendo completamente dos recursos da universidade pública. Ignorando esses problemas, houve também grande caso de estudantes que foram obrigados a tomar um rumo por falta de condições de sobrevivência no espaço da universidade, um direito fundamental. Ou seja, foram expulsos de seus campus, completamente abandonados à rua durante a pandemia. A direita, inclusive, já vinha utilizando de diversas manobras para expulsar os estudantes dos campi, uma das mais comuns é decretar o fechamento do restaurante universitário, como já aconteceu em diversas oportunidades na UFPE, impossibilitando de vez o sustento na instituição.

Expulsar os estudantes da universidade é um ataque direto ao movimento estudantil, além de uma atitude covarde e desleal por parte da direita golpista. Significa se eximir da responsabilidade de garantir os subsídios necessários. Livrar-se da responsabilidade sobre a população, contudo, vem sendo a política e uma maneira geral da extrema-direita durante a crise pandêmica. Em declarações abertas, Bolsonaro tem deixado clara a sua política, que é a de jogar os trabalhadores à própria sorte, além de mentir, dizendo que o Estado não tem responsabilidades com a população.

Sobre esses fatos, é preciso denunciar que o esvaziamento das universidades é uma política dada por setores amplos da direita golpista, que têm o interesse de esvaziar e destruir a educação pública superior. Essas medidas fazem parte do pacote de ataques do governo Bolsonaro ao serviço público, com o intuito de entregá-lo na mão dos grandes empresários. A evacuação desses estudantes é um prato cheio para a direita pressionar uma desistência do ensino superior. No entanto, é preciso questionar: quem garantirá a volta do custeio e instalação desses universitários? O projeto de corte de verbas da educação? A verba das universidades “retida” pelo ministro Weintraub? As famílias que necessitam de auxílio para sobreviver em meio à crise? Será mesmo que quando a pandemia passar tudo voltará ao normal?

O que fica claro é que o projeto da direita é para que os estudantes, principalmente os mais pobres, justamente os dependentes das bolsas de auxílio, desistam do ensino superior. A expulsão dos filhos da classe trabalhadora do ensino superior é uma política tradicional da burguesia. É urgente a necessidade de defender o direito à educação pública de ensino superior, denunciando que o governo Bolsonaro é inimigo da educação e serviçal de um projeto liberal de sufocar a classe trabalhadora ao máximo para dar o lucro aos patrões.

Diante da situação, é preciso que a UNE, enquanto entidade máxima de representação dos estudantes, impulsione uma luta para que os estudantes assumam o controle e lutem pela autonomia das universidades, encampando de uma vez por todas a campanha pela gestão tripartite, um modelo que coloca a universidade na mão dos trabalhadores e dos estudantes. Uma campanha que coloque a universidade na linha de enfrentamento de luta pelo Fora Bolsonaro.

Não apenas isso, mas é preciso perceber que a crise sanitária instalada no país está diretamente relacionada ao projeto de destruição das universidades. As instituições de ensino superior são os maiores polos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico do mundo. Exemplo disto é o rodo, desenvolvido por cientistas na USP, com radiação ultravioleta, eficiente na eliminação do vírus nas superfícies dos hospitais.

O incentivo a pesquisas na área de biologia, biomedicina, tecnologia da saúde e hospitalar, remédios, vacinas e saúde pública foi diretamente afetado pelo governo Bolsonaro, que se revela um grupo de trogloditas inimigos do desenvolvimento tecnológico e da população brasileira. O país vem demonstrando necessidade de respiradores e materiais hospitalares, tendo que comprar às pressas de empresas privadas a preços exorbitantes, sendo extorquidos pela situação de emergência e pela falta no mercado.

Pois bem, é preciso perceber os interesses da direita na destruição das universidades e a expulsão dos estudantes como um prato cheio para isso. É preciso, de modo urgente, formar comitês populares para enfrentar os problemas causados pela pandemia. Mobilizar os estudantes para, lutando pelas medidas de enfrentamento da crise sanitária e da crise econômica: a derrubada do governo golpista, pelo Fora Bolsonaro, a estatização e nacionalização das empresas de materiais de saúde, dos hospitais, das fábricas de alimentos, a manutenção dos empregos e pela distribuição de equipamentos para enfrentamento do coronavírus.

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