O presidente de umas das últimas democracias da América Latina, Nicolás Maduro, cedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo em que fala sobre a oposição venezuelana, a investida que tem no continente para dar um golpe na Venezuela, e as tensões militares com a Colômbia. O imperialismo norte-americano sofreu fracasso após fracasso encabeçados pelo golpista Juan Guaidó, mas não desistem do país com uma das maiores reservas de petróleo no mundo.
No Brasil, o presidente boçal eleito pela fraude, Jair Bolsonaro, defende o falecido ditador Chileno, Augusto Pinochet, responsável pela ditadura mais sanguinária da América do Sul, competindo com a ditadura de Videla, na Argentina, ao mesmo tempo que acusa Maduro de ditador, repetindo a propaganda imperialista de calúnias. Maduro, porém, sem meias palavras rebate esse absurdo e explica que “em 20 anos, fizemos 25 eleições, de presidente, governadores, prefeitos, parlamentares. As forças bolivarianas, chavistas, ganhamos 23 eleições. De 23 governadores na Venezuela, 19 são bolivarianos. De 335 prefeitos e prefeitas, 307 são nossos, vencedores com votos. Tudo o que temos sempre foi pelo voto popular”.
Bolsonaro apoia a oposição venezuelana, uma oposição que, se for bem sucedida no golpe, será implacavelmente ditatorial para poder empreitar um gigantesco retrocesso. Para realizar tal feito, os golpistas levariam uma política extremamente brutal contra a população, acabando com toda forma de organização popular conquistada pelo povo venezuelano através do PSUV. Seria o fim da milícia bolivariana de defesa nacional, o desarmamento da população e o fim da participação do povo na elaboração da constituição.
A índole sanguinária de Guaidó, que apareceu recentemente em uma foto com milicianos narcotraficantes da direita colombiana, e de toda oposição venezuelana, levariam o país ao mesmo fim que tiveram todos o países que sofreram golpe, uma rápida viagem para a miséria do povo e desmantelamento da economia nacional, indo inclusive além, instaurando um regime ditatorial igualável aos regimes que assolaram o continente no século passado.