A falência do neoliberalismo, cujo atestado de óbito foi assinado com a crise do mercado imobiliário norte-americano em 2008, continua dando mostras de seu fracasso. O Chile, que foi um verdadeiro laboratório de destruição da América Latina na segunda metade do século XX, vem lutando insistentemente contra o neoliberalismo que devastou toda a sua economia nacional.
Mais de 120 mil pessoas, segundo dados da imprensa local, sob a palavra de ordem “O Chile já decidiu”, se reuniram na Praça Itália em Santiago na última quinta-feira (19). O objetivo é denunciar os lucros astronômicos dos tubarões do mercado financeiro imperialista na área da educação. Esse assalto à população chilena se dá por meio do endividamento das pessoas em nome do financiamento educativo.
Os manifestantes caminharam por 4 km no centro da capital. Difundiam cartazes das entidades estudantis que diziam “No Chile a educação não se vende, se defende”. Foram reprimidos pela força policial. A educação pública no Chile foi destruída pelo governo ditatorial do general Pinochet. Foi privatizada e os chilenos nos últimos anos vem construindo uma luta pela estatização da educação.
Os manifestantes apontam o golpe que o presidente recém-eleito, Sebastian Piñera, quer novamente desferir contra os chilenos. A ex-presidenta Michele Bachelet aprovou uma lei de fundações e instituições privadas não podem mais atuar no ensino público do Chile. Contudo, depois que Piñera assumiu o governo, revogou a lei dizendo cinicamente ser anticonstitucional.
É assombroso como no Brasil, bestas feras fascistas como o MBL, defendem a privatização da educação. Já foi demonstrado que a privatização destrói a educação, tira o trabalhador e seus filhos do processo educativo e fomenta a completa aniquilação do parque industrial nacional. O Chile é um exemplo prático que comprova essas teses.
Todo apoio à população chilena que luta pela construção dos serviços públicos. Que seja organizado diversas manifestações de massa em torno da estatização definitiva da educação, contra o imperialismo e em favor da educação pública, de qualidade e universal.