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Educação

Estudantes protestam contra EAD e demissão de professores

Um grupo de estudantes da Uninove realizou um protesto na última quarta-feira (25) em frente ao prédio da instituição na Barra Funda.

Um grupo de estudantes da Universidade Nove de Julho (Uninove) realizou um protesto na manhã da última quarta-feira (25) em frente ao prédio da instituição na Barra Funda, capital paulista.

O motivo do protesto é o aumento da carga horária na modalidade Ensino à Distância (EaD) e a demissão de 30 professores dos cursos da área de ciências humanas. Ganhou repercussão nacional a demissão massiva de docentes dos cursos de Ciências Sociais, Serviço Social, História, Letras e Biomedicina realizada pela Uninove por meio de uma mensagem pop-up. Os professores entraram na plataforma online para trabalhar e, de repente, um pop-up no navegador anunciou a demissão. Muitos docentes não acreditaram e seguiram adiante, até que perceberam que seu acesso estava bloqueado. Quando compreenderam do que se tratava, a perplexidade foi geral. Como forma de amenizar o sofrimento dos demitidos, a Uninove enviou uma palestra motivacional do padre Fábio de Melo.

Em dezembro de 2019, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), sob gestão de Abraham Weintraub, editou a portaria nº 1.438, que autoriza as universidades públicas e privadas a ampliar a modalidade EaD em até 40% da grade curricular dos cursos oferecidos.

Os estudantes afirmam que a introdução da modalidade EaD significa uma precarização ainda maior dos cursos e o rebaixamento da qualidade. Além disso, as mensalidades da Uninove têm subido, ao passo que as bolsas de estudo sofreram cortes. Muitos estudantes estão sendo obrigados a trancar suas matrículas, na medida em que o aprofundamento da crise econômica os impede de continuar seus estudos.

Desde o golpe de Estado de 2016, o ensino privado avança a passos largos no país. O governo Michel Temer (MDB) buscou autorizar a expansão do ensino EaD em todos os níveis, inclusive na Educação de Jovens e Adultos e nas séries iniciais do ensino básico. A eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, em 2018, potencializou esse processo e abriu as portas e o orçamento público para os monopólios da área da educação.

Em primeiro lugar, o EaD acarreta desemprego para os professores, que são descartados e substituídos pelas tecnologias de comunicação e informação. Para as empresas, isso significa menos gastos com pagamento de salários, direitos trabalhistas e previdenciários. No caso das universidades públicas, o ensino remoto substitui as políticas de auxílio e permanência estudantis.

O ensino à distância também tem a função de inviabilizar a organização estudantil e dos docentes do ensino superior. É preciso mobilizar as organizações estudantis e os sindicatos de professores para impedir a implementação deste ataque à educação. As universidades devem ser estatizadas e colocadas a serviço dos interesses da população.

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