O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), determinou a suspensão das inscrições para o programa “Vale Universidade Indígena”, que conferia auxílio financeiro aos estudantes indígenas da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems).
O programa prestava auxílio de R$ 745,00 mensais para estudantes indígenas, que, como contrapartida, realizavam estágio em órgãos estaduais. Para fazer parte do programa, o estudante comprovava sua origem indígena por meio do Rani (Registro Administrativo de Nascimento de Índio), não podia ter reprovação em qualquer disciplina e tinha de estar no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal.
O governo tucano justifica a suspensão do programa em virtude da epidemia do coronavírus e do fechamento das escolas e universidades. Contudo, os estudantes pobres continuam dependendo do auxílio para, em primeiro lugar, sobreviver, e ter condições de dar continuidade aos estudos.
O que o governo de Azambuja faz é utilizar-se da situação do país como pretexto para aprofundar os ataques aos estudantes indígenas. É parte de uma política de genocídio, de matar de fome a população, de desampará-la completamente e repassar o dinheiro público para os grandes capitalistas e bancosm conforme a política defendida pelo governo Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, o Chicago Boy Paulo Guedes.
Ao contrário do que prega o governador tucano, a epidemia de coronavírus exige que o programa “Vale Universidade Indígena” seja mantido e ampliado para manter a assistência financeira aos estudantes indígenas e não permitir a vulnerabilidade social.
A Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho também suspendeu o chamamento público para projetos que financiariam pesquisas nas áreas de direitos humanos, assistência social e trabalho.