Na manhã de 11 de julho, durante um encontro com os parlamentares da bancada evangélica, o presidente ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro deu a linha sobre a escolha dos reitores das universidades, afirmando que lamenta o fato de que, por lei, o presidente deva escolher os nomes a partir das listas tríplices das instituições federais. Essas listas são uma maneira de tentar garantir a autonomia das universidades, já que essas são um dos principais alvos dos governos da direita.
Nesse encontro, Bolsonaro tentou mostrar que pretende privilegiar candidatos que sejam conservadores e alinhados com sua política golpista de destruição das universidades públicas e da educação em geral, sinalizando que pretende passar por cima das listas: “Ali virou terra deles, eles é que mandam. Tanto é que as listas tríplices que chegam pra nós muitas vezes não temos como fugir, é do PT, do PCdoB ou do PSOL. Agora o que puder fugir, logicamente pode ter um voto só, mas nós estamos optando por essa pessoa”.
Esse posicionamento de Bolsonaro é o mesmo de seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, que já havia afirmado que “Uma parte dos reitores veio do passado e tem ligação com PSTU, PSOL, PT, essas coisas maravilhosas. Mas tem uma parte que não é”. O objetivo dessa manobra é escolher reitores que sejam abertamente bolsonaristas, a fim de facilitar as políticas de sucateamento das universidades públicas que Bolsonaro já está colocando em prática, sempre visando a privatização dessas instituições. Afinal, o lucro é o que importa para essa burguesia que só pensa em assaltar o bolso dos trabalhadores.
Outro ponto em que Bolsonaro está pensando ao querer escolher os reitores, é para facilitar a adesão da plataforma Future-se nas universidades, como foi dito acima, o plano principal é forçar uma situação para que a privatização seja a única saída para essas instituições de ensino. Tudo isso faz parte do plano de afastar a população pobre do ensino superior público e privilegiar os filhos da burguesia.
Diante de tantos ataques, é imprescindível e urgente que os estudantes e a juventude em geral se organizem para barrar mais essa ofensiva da direita contra uma das principais bases da vida, a educação. O estudantes precisam se centralizar nos comitês de luta contra o golpe e contra o fascismo em todas as universidades para barrar essas intervenções. Somente uma luta contra todos esses golpistas e que objetive a derrubada deles pode salvar essas universidades, já que foi a partir do golpe que essas aberrações políticas passaram a se manifestar com mais intensidade. Fora todos os golpistas e Fora Bolsonaro das universidades.