No estado de Pernambuco, na manha de quinta-feira (29), diretores de escolas particulares, junto com alguns familiares de seus estudantes realizaram uma “manifestação” em frente ao palácio do Campo das Princesas, praça da república no centro da cidade de Recife. Os movimentos das entidades representantes das escolas da rede privada, elementos direitistas notórios no estado, agiram clamando pelo retorno das aulas presenciais aos colégios particulares. A reivindicação coxinha é declarada pela Sinepe (Sindicato das Escolas Particulares), cujo intuito é “cobrar ao governador Paulo Câmara” a reabertura das aulas no ensino infantil e fundamental em meio a pandemia que, no brasil, já vê mais de 150 mil óbitos.
O mesmo coxinhato de direitistas, empresários e diretores das mesmas escolas particulares, que argumentam que a escola é o “espaço de menor risco de contagio da Covid-19”, já organizaram uma serie de manifestações no passado se posicionando em oposição completa ao interesse da classe trabalhadora e de suas categorias estudantis. Em setembro e outubro a Sinepe convocou protestos pedindo pela reabertura das aulas para o ensino fundamental, e até formou uma assembleia coxinha, juntando estes capitalistas e empresários para discutir como reverter a decisão do governo de prorrogar até o dia 31 de outubro a suspensão das aulas presenciais do ensino fundamental e educação infantil.
Fazendo uso de Demagogia barata, a Sinepe, um sindicato coxinha que avança medidas fascistas de reabertura e almejam, mesmo que não o digam, o genocídio que é a politica de reabertura das escolas para um dos grupos de risco mais suscetíveis a doença, que são as crianças que se encaixam no ensino fundamental e educação infantil.
Nesta segunda feira (19), uma serie de estados brasileiros teve a volta as aulas presenciais para o ensino médio e EJA, uma medida genocida movida a interesses econômicos de banqueiros e capitalistas seguindo orientações econômicas do OCDE ( Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico). De acordo com o coxinhato, “não há risco aos estudantes”, e ainda eles desafiam “qualquer pessoa a apontar insegurança nas escolas, que têm seguido com rigidez os protocolos de segurança”, não levando em conta o numero de fechamentos provisórios por risco de infecção de professores e alunos que ocorre quase diariamente.
A organização dos estudantes e professores contra a volta as aulas é a alternativa mais correta para se defender contra estes ataques da extrema-direita genocida contra o povo. É necessário que a esquerda, ao invés de cooptar como se a reabertura fosse incombatível, se proponham a lutar pela cessão do ano letivo em meio à pandemia.